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Câmara promove jantar para discutir futuro do U. de Santarém

Um jantar que consiga reunir à mesa figuras, ex-dirigentes e outros sócios ligados ao União Desportiva de Santarém (UDS) pode ser uma das últimas hipóteses de salvar o clube da crise financeira e directiva. A assembleia-geral realizada da noite de sexta-feira foi novamente inconclusiva, sem que surgissem listas candidatas ou elementos disponíveis para formar uma comissão administrativa.A proposta do encontro ao jantar partiu do vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do desporto na véspera da assembleia. Ramiro Matos entende que apesar de não ser política da câmara imiscuir-se nos assuntos dos clubes cabe-lhe o papel de colaboração na resolução dos problemas.“Após reunião com o presidente cessante do clube e com o presidente da assembleia-geral sugeri essa proposta para que pessoas ligadas ao clube nos últimos anos e antigos dirigentes possam discutir soluções de forma mais alargada. Neste momento estamos a estabelecer os contactos para tentar realizar esse jantar o mais breve possível”, adianta Ramiro Matos. Que projecta que um segundo momento poderá ser o envolvimento de empresários e de outros responsáveis da cidade.O autarca manifesta sobretudo a preocupação com o destino dos jovens que praticam desporto no clube, para o qual a câmara deu durante vários anos, entre 50 a 60 mil euros de subsídios anuais ao associativismo.Apenas 14 associados do U. Santarém estiveram na assembleia realizada no salão dos bombeiros voluntários. Foram confrontados que até dia 2 de Julho o clube tem de ter directores ou elementos de uma comissão administrativa para poder inscrever equipas de juniores e seniores nas provas da Associação de Futebol de Santarém (AFS). Alguns sócios presentes disseram preferir que as equipas sejam inscritas mesmo que o futuro seja incerto e mostraram-se também descontentes com a falta de divulgação das assembleias e dos problemas vividos pelo clube.Para dia 6 está marcada a continuação da assembleia electiva. A crise financeira traduz-se na dívida ao Fisco que ascende a 323 mil euros, até 2001, ano a partir do qual já existe contabilidade organizada. Em risco está também a actividade das equipas de formação que envolvem mais de 200 jovens.Segundo o presidente cessante do União, Bruno Torre, caso se reúna um bom número de pessoas no jantar, há pelo menos mais condições para analisar a sua viabilidade. “Vamos tentar explorar esse jantar. Até aqui as pessoas não têm vindo às assembleias. Se não vierem sensibilizadas pela autarquia não sei quem irá discutir o problema do U. Santarém. Há esperança até ao fim e tentaremos pensar em mil e uma soluções, mas de entre um grupo maior de pessoas”, salienta o ex-presidente do U. Santarém. Que se mostra disponível para ajudar o clube no âmbito de um plano de viabilidade a acordar e não apenas para arrastar a situação actual.A assembleia decidiu entregar à câmara a lista dos 600 associados pagantes para que quem puder se inscrever para o jantar. O líder da assembleia-geral, Nuno Cardigos, lembra que a prioridade é encontrar uma solução directiva para que o clube possa dar um primeiro passo de inscrição das equipas. O líder da AFS, Rui Manhoso, esteve na assembleia na qualidade de sócio da equipa scalabitana e referiu que a solução da crise do União passará sempre pela câmara, apesar do dinheiro que a autarquia atribui mensalmente ao clube.

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