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Inveja não; revolta sim

Em relação à notícia «Dezenas de trabalhadores da ATRAL-CIPAN queixam-se de tratamento diferenciado» da edição de 20-6 de O MIRANTE não posso, como leitor deste jornal, calar a indignação perante as palavras de Sebastião Alves e José Gavino. Um homem que ajudou a fundar um editora e vê regularmente livros seus publicados, tem a obrigação de saber que a palavra «inveja» neste contexto é um disparate. As pessoas sentem revolta pelo facto de, na mesma situação, uns não terem recebido nada, outros terem recebido umas migalhas e outros aquilo a que legalmente todos têm direito. Nada há para invejar; as pessoas querem é que o Tribunal obrigue a empresa a reparar o dano causado aos trabalhadores, quando os tratou de modo desigual, desumano e capcioso. José Gavino diz que a empresa não obrigou ninguém a sair mas isso é mentira. Há muita maneira de «obrigar» sem obrigar de modo explícito: basta criar à volta condições de inquietação, de mal-estar e de desespero. Depois é só entregar a carta feita pelos Recursos Humanos e as pessoas assinam. José Gavino diz que um senhor beneficiou mas esqueceu-se de explicar que esse senhor vinha de uma empresa com ordenados muito superiores aos do Grupo ATRAL-CIPAN e não é caso exemplar por isso mesmo. José Gavino diz que depois de 1 de Junho de 2006 todos receberam mas é mentira. Dito de doutra maneira: houve quem recebesse uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma. José do Carmo Francisco

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