A anulação de um concurso já em sede de júri não foi a primeira decisão política da Câmara de Torres Novas que gerou polémica dentro e fora de portas. Alexandra Meneses, a mais antiga técnica superior de desporto ao serviço do município, foi recentemente transferida para o canil intermunicipal (ver edição 9 de Maio de O MIRANTE). Apesar de, ao abrigo do direito de resposta, a referida técnica ter vindo afirmar que a decisão da sua transferência não foi unilateral, tendo aceite o convite do presidente por a nova função “constituir um desafio”, a verdade é que, antes de acatar a decisão de António Rodrigues, Alexandra Meneses consultou vários advogados para saber da legalidade da decisão do autarca.Já antes outros funcionários da autarquia, agora ao serviço da empresa municipal Teatro Virgínia, tinham recorrido a juristas questionando também eventuais irregularidades de procedimento relativamente à redução dos seus vencimentos, após rescisão do contrato com a câmara e celebração de um novo contrato com a empresa municipal entretanto criada. Questionado pelo nosso jornal, o director do Teatro Virgínia confirmou que dois dos 14 funcionários tinham visto o seu vencimento reduzido, justificando a decisão com “requalificações e acertos de funções, após as avaliações de desempenho efectuadas”. João Aidos sublinhou ainda que, devido a essas requalificações, outros dois funcionários tinham passado a ganhar mais.