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António Ganhão condena providência cautelar interposta pela Câmara Municipal do Cartaxo

António Ganhão condena providência cautelar interposta pela Câmara Municipal do Cartaxo

Vai apresentar contestação alegando interesse público do projecto Águas do Ribatejo
O presidente da Câmara Municipal de Benavente, António Ganhão (CDU), acusa o homólogo do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), de efectuar “mais uma lamentável e infeliz manobra de diversão”. Em causa está a providência cautelar interposta pelo autarca do Cartaxo contra o despacho favorável do Ministério do Ambiente que validou a reprogramação da candidatura apresentada pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) ao Fundo de Coesão, para investimentos nas redes de água e saneamento nos sete municípios que vão integrar a empresa Águas do Ribatejo. Uma decisão que carece ainda de ratificação em Bruxelas. Essa reprogramação de investimentos deixou de fora Santarém e Cartaxo, que decidiram já este ano abandonar a versão inicial da Águas do Ribatejo e avançar com modelos autónomos de gestão e exploração dos seus sistemas de água e saneamento. Uma situação que é contestada pelos dois municípios, que não admitem ficar sem verbas que já estiveram praticamente certas.Recorde-se que a CULT já havia conseguido aprovar uma verba de cerca de 28 milhões de euros para investimentos nos 9 municípios que integraram a versão inicial da Águas do Ribatejo, que fracassou com a saída de Santarém e Cartaxo. Nesse montante estavam verbas afectadas a projectos nesses dois municípios que podem agora ser transferidas para financiar investimentos nos sete concelhos que vão integrar a Águas do Ribatejo - Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Benavente, Golegã, Coruche e Salvaterra de Magos.A posição de António Ganhão surge após a Câmara de Benavente ter sido citada na qualidade de contra interessada. “Vamos apresentar a contestação e a fundamentação para que a providência cautelar não tenha qualquer efeito suspensivo dado o interesse público para o país do aproveitamento de fundos comunitários”, refere António Ganhão. “Vai fazer-nos gastar dinheiro, mas o destino final terá que ser o do país no que concerne ao Fundo de Coesão. Os interesses destes sete municípios não podem estar sujeitos aos interesses do município do Cartaxo”, critica o edil de Benavente.António Ganhão considera que a atitude de Paulo Caldas não pode deixar de ser registada. “Não podemos ignorar que, existindo dinheiro para pagar a sociedades de advogados, deveria haver dinheiro para pagar aos sistemas que usa”, designadamente “à Ecolezíria, onde são depositados os lixos do município do Cartaxo, bem como as próprias quotas à Comunidade Urbana Lezíria do Tejo que estão em atraso”.
António Ganhão condena providência cautelar interposta pela Câmara Municipal do Cartaxo

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