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Avaliação independente obriga a nova votação da Águas de Santarém

Avaliação independente obriga a nova votação da Águas de Santarém

Activos da empresa superiores em 4 milhões de euros ao inicialmente previsto
Uma avaliação independente dos activos do município que deverão integrar o capital social da empresa municipal Águas de Santarém revelou que o seu valor é superior ao inicialmente considerado, pelo que o processo de constituição da empresa terá que voltar a ser submetido à assembleia municipal.O executivo da Câmara de Santarém aprovou esta segunda-feira, com os votos contra dos quatro vereadores socialistas, a alteração do valor do capital social da Águas de Santarém, tendo por base os pouco mais de 31 milhões de euros que um revisor oficial de contas independente atribuiu aos activos dos serviços municipalizados e de saneamento da autarquia.O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), disse que, antes da abertura do concurso público internacional para alienação de 49 por cento do capital social da empresa a um parceiro privado, a autarquia mandou fazer uma avaliação independente dos activos que permitiu verificar que mais de quatro milhões de euros "estavam escondidos".A alteração dos valores, de 27 milhões de euros para cerca de 31,2 milhões de euros, obriga à alteração dos documentos que tinham já sido aprovados pela assembleia municipal a 5 de Maio, pelo que o processo terá de ser submetido a nova votação numa reunião extraordinária que não tem ainda data marcada.Em nome dos quatro vereadores do PS, Rui Barreiro afirmou que o voto contra surgiu em coerência com a posição de princípio contrária à criação da empresa Águas de Santarém, que os socialistas consideram "lesiva dos interesses do concelho".A maioria social-democrata, com o apoio da CDU no executivo camarário e da maior parte dos eleitos comunistas na assembleia municipal, optou pela criação de uma empresa municipal, com alienação de 49 por cento do seu capital social a um parceiro privado a encontrar em concurso público internacional, depois de abandonar o projecto intermunicipal Águas do Ribatejo.Para Moita Flores, o projecto Águas do Ribatejo - promovido pela Comunidade Urbana da Lezíria e do Tejo (CULT) e actualmente em reformulação devido à saída primeiro de Santarém e depois do Cartaxo - era "altamente prejudicial" para o município.Tal como aconteceu com o município do Cartaxo, a autarquia escalabitana vai entregar esta semana uma providência cautelar contra a decisão do Ministério do Ambiente de aceitar a reformulação da candidatura da Águas do Ribatejo que exclui os dois concelhos dos fundos de coesão aprovados em 2004 para investimentos nas redes de saneamento dos nove municípios que integravam inicialmente o projecto.
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