uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Escola Agrária procura soluções para olival que não vingou

Escola Agrária procura soluções para olival que não vingou

Cultura fazia parte de um projecto de investigação

A Escola Agrária de Santarém teve que transferir o projecto para outro terreno e ainda não sabe o que fazer com as oliveiras da primeira plantação.

A Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) ainda não sabe o que fazer com um olival plantado ao abrigo de um programa de investigação e que teve de ser abandonado por dificuldades técnicas. A cultura tinha sido feita com financiamento total do Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural – Agros mas verificou-se que algumas árvores nunca chegaram a nascer e outras nunca cresceram. O programa, da responsabilidade do Ministério da Agricultura, aceitou que o ensaio fosse transferido da Quinta do Bonito em Mato Miranda (Golegã) para outro terreno da escola na Quinta do Quinto em Vale de Figueira (Santarém).Na Quinta do Bonito ficaram algumas oliveiras, tendo uma parte já sido arrancada. Algumas árvores que vingaram estão no local sem qualquer aproveitamento nem rendimento, apesar do terreno estar limpo para evitar incêndios. Segundo o responsável pela produção agrícola da ESAS, Nuno Prestes, a cultura tem sido cuidada na medida do possível atendendo às dificuldades financeiras da instituição, estando a estudar-se uma solução. Que pode passar pelo aproveitamento de algumas árvores em bom estado para outros olivais da escola. Mas também existe a hipótese do seu arranque definitivo. Nuno Prestes garante que foram feitas análises de solo e de água antes de ser feita a plantação e que vários técnicos deslocaram-se ao local e foram feitos testes mas nunca se chegou a uma conclusão sobre o que terá acontecido para que o olival não vingasse. O projecto abrangia 5,5 hectares e tinha variedades portuguesas e estrangeiras. Foram instalados sistemas de rega que agora de pouco servem. O olival tinha sido plantado em 2002 e a sua transferência deu-se em 2003. O projecto, com a duração de três anos, tinha por objectivo estudar a “adaptação varietal e tecnológica aos olivais super-intensivos”. Um modelo que começou a ser implantado na região na mesma altura do ensaio e que consiste na plantação das árvores em linha como uma vinha, com um porte mais reduzido permitindo que a azeitona seja colhida com máquinas de vindimar. O olival entretanto plantado na Quinta do Quinto acabou por vingar e já produz azeitona que a escola vende para fazer face aos custos, já que o primeiro objectivo da instituição não é a produção agrícola mas sim o ensino. Esta exploração está dotada de uma sonda ligada a um computador da ESAS que permite saber a quantidade de água no solo e assim regar as árvores sem desperdício de água e com mais eficácia. Neste momento o estabelecimento de ensino pretende desenvolver outros ensaios com o olival na área da qualidade dos azeites de modo a poder também ajudar os agricultores a escolherem a variedade de árvores, entre outras possibilidades.
Escola Agrária procura soluções para olival que não vingou

Mais Notícias

    A carregar...