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Lotes adquiridos em 2004 na zona industrial do Couço ainda não têm projecto

Empresários foram à reunião de Câmara de Coruche pedir mais tempo para avançar
Alguns empresários que compraram lotes na nova zona industrial do Couço foram à última reunião da Câmara de Coruche pedir ao executivo mais tempo para poderem apresentar os projectos de arquitectura. Em 2004 os dez empresários, estabelecidos na vila do Couço com oficinas de carpintaria, serralharia, pintura e outras, compraram lotes criados pela autarquia na nova zona industrial mas não cumpriram o regulamento. O qual prevê que após a apresentação do projecto de especialidades, dispõem de 180 dias para iniciar a construção e de 360 dias para começar a laborar.Em Julho a câmara notificou dez adquirentes dos lotes 5,6,13,16,17,18,19,30,31 e 32 para o incumprimento dos prazos do regulamento e deu-lhes 30 dias para darem seguimento aos projectos. Caso contrário impendia sobre eles a reversão dos lotes para a posse da câmara. Além das dificuldades económicas para avançar com projectos e construção, os empresários alegam que sustentam empregos no Couço e “seguram” famílias presas a créditos bancários, para solicitarem mais margem de manobra à autarquia. “Além disso nos nossos lotes ainda não está instalada energia eléctrica. Se nos quiséssemos instalar amanhã não podíamos”, argumentou Miguel Nunes, proprietário de uma oficina de carpintaria. Os empresários consideram que a câmara devia deixar que apresentassem os projectos até final do ano, data após a qual poderia fazer avançar com a reversão de lotes em caso de incumprimento. Armando Gamito, proprietário de uma serralharia, considera que seria melhor prática contar apenas o tempo para apresentação de projecto, instalação e início de laboração a partir da construção de infra-estruturas dos lotes. O presidente da Câmara de Coruche diz que a questão é complexa, pois existem outros interessados em comprar lotes que se querem instalar e os terrenos têm dono mas não se vêem avanços. “A câmara investiu 1,5 milhões de euros na criação da zona industrial do Couço para criar 44 lotes e infra-estruturas, valor que é bem superior ao da venda dos lotes. Não temos a culpa das dificuldades das empresas nem aceitamos ser responsabilizados por esta situação”, contestou Dionísio Mendes (PS). O autarca refere não haver garantias ou sequer sinais positivos dos empresários de que vão arrancar com os projectos em breve. E que tal situação causa estagnação em vez de desenvolver a economia local e do concelho.Dionísio Mendes disse, no entanto, que se forem apresentados projectos para início de investimento, a câmara poderá protelar um pouco as decisões sobre a reversão dos lotes. Quanto à questão da falta de energia eléctrica, o autarca diz que a EDP deu garantia de efectuar a segunda fiscalização nos lotes em causa para que a energia seja ligada.

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