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A Praia das  Mentalidades

Li a carta publicada na última rubrica do correio dos leitores e o meu espanto foi total. Confesso que chego a ter dúvidas se o tal José Rocha existe mesmo ou se trata simplesmente de um qualquer ressabiado político, sem coragem para dar a cara, ou de alguém, cujo elitismo exacerbado tem um nível de exigência que não se coaduna com a forma de tratar os seus próprios filhos. Confesso que me senti magoado enquanto escalabitano. Magoado porque tive oportunidade e curiosidade de ir à Praia de Santarém, na sua inauguração e no mesmo dia em que o suposto Sr. José Rocha lá teria estado. E o meu relato, desprovido de qualquer interesse secundário, que não seja a verdade e o amor a Santarém, não coincide com o daquele senhor. Temo, no entanto, que nem a garra reformista do actual executivo camarário, possa mudar as mentalidades de muitos que vivem em Santarém. Quando não existem espaços de lazer e actividades fala-se e critica-se, brada-se da infelicidade de aqui habitar, penaliza-se da má praga recaída sobre este concelho. Mas quando há iniciativa, quando se tenta mexer com o espírito das pessoas, quando se promove actividades (e têm sido tantas nos últimos dois anos) e se coloca o nome de Santarém ao mais alto nível, a história repete-se, e os velhos do Restelo, os inúteis que roçam os calcanhares pelas paredes do centro histórico e o rabo pelas cadeiras dos cafés, zurzem sem parar evidenciando sempre um aspecto negativo que duas horas de mesa de esplanada sempre encontram. Estive na Praia de Santarém. Gostei. Acho que pode melhorar. Mas certamente que será essa a intenção, melhorando o que esteve menos bem. Mas não sublinhar a qualidade do projecto, o seu interesse e a sua mais-valia para a zona da Ribeira de Santarém e para toda a cidade é pura hipocrisia. Eu sou professor de educação física. O meu filho (que existe) esteve comigo todo o dia na Praia, interrompido a meio para um bom repasto numa bela tasca da Ribeira, e teve a oportunidade de, numa parte do dia, conhecer melhor o rio, participar em recolhas de água, ver as aves que ali habitam. Ainda jogámos futebol de praia com outro grupo que ali se encontrava. A zona de insufláveis esteve sempre cheia de crianças. Vi também um grande grupo a praticar aeróbica ao som da musica que não incomodava ninguém. As piscinas nunca estiveram cheias, mas garanto, e tenho credenciais para isso, que elas asseguram a presença de um número de pessoas ao mesmo tempo superior a 150.  Mas eu até compreendo todos os senhores Josés Rochas que por aí andam. Se não tivesse piscina, não prestava, e se ela fosse maior... seria gasto supérfluo! Está na altura de todos fazermos um esforço para mudar. O executivo camarário já mudou e está a tentar mudar a nossa cidade... agora só faltamos alguns de nós. Para o Sr. José Rocha um conselho... para a próxima vá de dia... à noite é natural que haja bares e dj's! José Manuel Dionísio

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