Vai continuar a ser um acérrimo defensor do novo aeroporto na Ota?Claramente. Penso que o país só ganha em localizar o aeroporto em Ota.Mesmo que a maioria dos seus colegas do Alentejo prefiram Alcochete?Tenho a minha opinião e entendo que a melhor solução para o país é localizar o novo aeroporto em Ota. Não se trata de bairrismo. Ainda acredita que o aeroporto vai mesmo ser construído na Ota?Já acreditei mais.Está desiludido com o Governo do seu partido?Penso que não foram dadas explicações suficientemente claras para de repente se equacionar aquilo que não era equacionável. Acompanhei o processo em 1995 e 1996 com o meu colega Álvaro Pedro, de Alenquer, quando se equacionava Rio Frio ou Ota. E tenho memória. Rio Frio foi por diversas razões afastado e da parte das Forças Armadas a informação que nos chegava era que nem se podia falar do Campo de Tiro, que até é mais em Benavente que em Alcochete. E de repente há um “abre-te sésamo” sobre aquilo que era intocável.Como interpreta esse facto?Gostava que um dia me explicassem, para poder interpretar. Quando a explicação não é suficientemente clara é de pensar tudo. É uma grande machadada nas aspirações desta região se não se concretizar esse investimento?Penso que sim. Há investimentos já feitos, há decisões de câmaras e de assembleias municipais tendo em vista aquilo que era uma verdade, que não era posta sequer em equação. Mas a explicação que foi dada pelo sr. ministro numa reunião com autarcas é que perante um facto novo tinha que se estudar, porque acima dos interesses regionais estavam os interesses do país. Portanto, espero que a decisão a ser tomada tenha em conta os interesses do país.