“Luísa Mesquita violou princípios importantes do partido”
O conflito entre Luísa Mesquita e o PCP ainda não teve consequências práticas ao nível do trabalho político em Santarém. Ainda este fim-de-semana a vereadora esteve reunida com os sete presidentes de junta eleitos pela CDU (coligação liderada pelos comunistas). Em termos institucionais o relacionamento é normal e eticamente correcto, como confirma Vítor Alves, presidente da Junta de Freguesia de Almoster e membro da DORSA. Já em termos politico-partidários a apreciação é outra e o autarca considera que Luísa Mesquita violou regras estatutárias bem claras e que são impostas a todos os candidatos da CDU, sejam militantes ou não do PCP: “A titularidade dos cargos não é pertença dos próprios mas sim do partido por que foram eleitos”.Dada a recusa da deputada e vereadora em abandonar os cargos, Vítor Alves considera que teve “alguma lógica” a retirada de confiança política por parte do PCP. “Isto tem pouco a ver com o juízo que se faz aqui no concelho sobre o valor com que Luísa Mesquita exerce as suas funções. Tem a ver com questões de princípios”, afirma o autarca de Almoster que não deixa de elogiar o desempenho da vereadora ao mesmo tempo que admite repercussões negativas deste litígio em próximas eleições. Vítor Alves não tem ainda opinião formada sobre que sanções devem ser aplicadas à vereadora e deputada. “Mas sobre a incorrecção e violação de princípios importantes no partido não tenho dúvidas e considero-as como tais”. Mais parco em palavras, o presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros e militante do PCP Firmino Oliveira não quis comentar a retirada de confiança política a Luísa Mesquita e apenas garantiu que vai continuar a trabalhar com ela normalmente. O MIRANTE tentou também obter uma declaração do outro presidente de junta militante do PCP, Fernando Rodrigues, da Ribeira de Santarém, mas tal não foi possível.
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