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Estátua de ex-ministro de Salazar continua a gerar polémica

A Concelhia de Coruche do PCP considera que a possibilidade de o presidente da câmara agendar a discussão e deliberação sobre a reposição do busto do ministro de Salazar, Major Luís Alberto de Oliveira, até final deste ano poderá “fomentar a instabilidade política e social no concelho”. O PCP de Coruche avisa que aqueles que se opõem à reposição dos símbolos e dos ideais fascistas banidos em 25 de Abril de 1974 “não se resignarão perante a reabilitação desta figura destacada do regime Salazarista”. O PCP afirma ainda que o número de assinaturas (1313) da petição para reposição da estátua não passa de uma farsa, já que “uma parte muito significativa dos subscritores não é eleitor, não é residente no concelho nem coruchense!”.O promotor da petição e director do Jornal de Coruche, Abel Matos Santos, responde que quem afirma que as 1313 assinaturas são uma “farsa” o deve provar. E que muitas mais chegaram entretanto, gerando uma onda de solidariedade não apenas local mas também a nível nacional e entre as comunidades portuguesas emigradas. Recorda o PCP que na sessão da assembleia municipal de 27 de Abril foi aprovada uma moção, promovida pela CDU, em que afirmava a sua oposição à reposição do busto, tendo igualmente recomendado ao executivo municipal que tomasse idêntica posição. O PCP conclui dizendo que a petição foi inicialmente dirigida ao presidente da câmara e não ao órgão máximo do município.Por seu turno, Matos Santos considera que o PCP ao “ameaçar” o presidente da câmara, tentando coagi-lo no sentido de não levar a votação, como a lei obriga, a maior petição que Coruche teve desde o 25 de Abril, está a revelar todo o “descontrolo de quem já não tem voz, nem apoio do povo”, diz, acrescentando que “a instabilidade politica e social é fomentada pelo PCP de Coruche”. Sublinha ainda que o PCP falta à verdade, lembrando que foi a presidente da assembleia que recusou discutir o assunto naquele órgão, devolvendo-o para o executivo camarário.

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