Vítor Oliveira
46 anos, empresário da indústria hoteleira, Tomar
“As mulheres, se calhar, já têm mais direitos que os homens. Em minha casa, não há diferenças”
O Natal é uma época que celebra de forma especial? É uma tradição juntar toda a família nessa noite para a ceia, que todos os anos tem uma ementa diferente. Mas para mim não tem um significado especial. Sou católico porque me educaram assim. Não sou praticante.E a passagem do ano? O que costuma fazer?Nunca saímos. Costumamos comemorar apenas com amigos. A beber, a comer e a divertirmo-nos. A minha mulher costuma comer as doze passas, mas eu não ligo a isso.E, já agora, costuma aproveitar os feriados?Esses dias são os de maior trabalho. Como os fins-de-semana. Quem está na restauração trabalha nos dias em que os outros descansam.Gosta de usar as novas tecnologias?Costumo usar o computador, mas apenas ao nível profissional. É raro usar a Internet.É viciado no telemóvel?Não. Acho-o muito útil, sobretudo quando vamos viajar. Mas só o uso para falar. Ainda não sei mandar mensagens escritas e nem quero saber. Gosto de falar directamente.Quando pensa na sua cidade, do que é que sente falta?Tomar fica no interior do país. O problema é que a maioria fugiu para a costa. É lá que estão as pessoas, os serviços… As faltas que sentimos por cá devem-se a isso. Por exemplo, faltam divertimentos que façam com que as pessoas saiam de casa. Mas temos o mínimo para viver bem.Quem é que acha que come melhor, os portugueses ou os estrangeiros?Sem dúvida que nós, os portugueses, sabemos comer melhor. Mas falta-nos o dinheiro que os estrangeiros têm. Tem algum prato a que não consiga resistir?Gosto de comer, não tenho um prato irresistível. Mas antes de comer, gosto de confeccionar. E nunca provo enquanto estou a cozinhar.Costuma pensar no futuro?A longo prazo não. Existem tantas mudanças que é difícil fazer planos. Agora, o futuro mais directo preocupa-me.E o passado? Do que é que tem mais saudades?Não sou saudosista. E a minha memória tem muitos lapsos. A vida é tão complicada que não temos tempo para recordar.Se tivesse que concorrer a presidente de câmara, qual seria a sua primeira promessa?Garanto que não concorria. Acho que é um lugar mal pago para as responsabilidades que acarreta, isto quando se é responsável. Acho que um bom presidente tem que saber ouvir e ser sensível aos problemas. O de Tomar sabe ouvir, mas já está cansado.É leitor da imprensa local e regional? Vejo os jornais locais, mas acho que estes não podem falar muito. Devia haver mais reportagens de fundo.Como é que define o primeiro-ministro?Os portugueses têm este trauma de não estarem habituados a ter um primeiro-ministro exigente. Como está tanta gente a ralhar, ele deve estar a fazer alguma coisa! Os direitos dos homens e das mulheres são iguais?As mulheres, se calhar, já têm é mais direitos. Em minha casa, não há diferenças.
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