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Horácio Caseiro

Horácio Caseiro

78 anos, reformado, Vila Franca de Xira

“Enquanto cidadãos temos direitos, mas temos sobretudo deveres a cumprir. Seguir o código da estrada e zelar pela nossa vida e pela dos outros é um dever. A maioria das mortes que acontecem nas estradas poderia ser evitadas. Todos querem conduzir depressa e chegar rapidamente ao seu destino e não se lembram do próximo”.

Que significado tem para si o Natal?É uma festa da família onde estamos todos reunidos. Para mim devia ser Natal todos os dias uma vez que nesta altura as pessoas são mais solidárias. Isso devia acontecer todos os dias. Durante os restantes meses do ano as pessoas esquecem o espírito natalício…Existe um excesso de consumismo nesta altura?Sem dúvida. Apesar da grave crise económica que afecta o nosso país as pessoas durante o Natal esquecem tudo e gastam o que têm e o que não têm. O mais grave é que, na grande maioria das vezes, compram coisas absolutamente desnecessárias.De quem é a culpa dos acidentes nas estradas portuguesas?A culpa é dos inconscientes que circulam nas estradas como se fosse tudo deles. Enquanto cidadãos temos direitos, mas temos sobretudo deveres a cumprir. Seguir o código da estrada e zelar pela nossa vida e pela dos outros é um dever. A maioria das mortes que acontecem nas estradas poderia ser evitadas. Todos querem conduzir depressa e chegar rapidamente ao seu destino e não se lembram do próximo. Muitas mortes são culpa da ignorância dos condutores que não têm amor à vida…Onde costuma ir às compras?Nas grandes superfícies. Apesar de concordar que não devíamos deixar o comércio tradicional morrer a verdade é que, nas grandes superfícies, temos tudo o que queremos mesmo à mão. Não temos que andar de loja em loja a comprar. Nos hipermercados basta colocar os produtos no carrinho de compras e paga-se tudo junto no final. É muito mais prático.Se pudesse o que mudava no nosso país?Tanta coisa. Mudava o sistema de saúde que está completamente ultrapassado, criava mais casas para a terceira idade. Mais espaços verdes onde as pessoas pudessem passear e as crianças brincarem. Descia os impostos e aumentava as reformas que são uma miséria para 90 por cento da população. Há tanta coisa ainda por desenvolver e melhorar no nosso país…Concorda com a lei que proíbe as pessoas de fumar em locais públicos?Acho muito bem. Eu vou a um café e não tenho que “estar” a fumar por causa do vício dos outros. Fui fumador durante muitos anos mas não fumava em locais públicos. Há que respeitar as pessoas que não fumam.Quem foi o maior português de sempre? Não o conheci porque viveu uns séculos antes de mim, mas na minha opinião foi Marquês de Pombal. Foi um reformador que depois do grande terramoto de 1755 que destruiu a cidade de Lisboa conseguiu reerguer a cidade com muito pulso. Estamos a precisar de um novo Marquês de Pombal que tome conta do nosso país que anda um pouco à deriva.
Horácio Caseiro

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