Henriques e Henriques. É este o nome da Empresa do Ano. Está sedeada em Vilões, no concelho de Ourém e é a empresa mãe de um conjunto de sete empresas. Fabrica reservatórios e silos. Opera no mercado ibérico, no Leste da Europa e em África. Tem uma particularidade. Formou-se, em 1980, a partir de uma empresa criada por um jovem de 16 anos.Saúl Henriques começou a trabalhar cedo numa empresa metalomecânica. Estar fechado numa sala de aulas desesperava-o. Optou pele escola da vida. Não é doutor, é empresário. Empresário de sucesso. Fez exames todos os anos e foi passando com distinção. Do básico para o secundário. Do secundário para um patamar superior. O básico foi completado com trabalhos de serralharia. Estruturas metálicas, transportadores para britadeiras, silos para cimento. Depois passou a produzir tanques para combustíveis líquidos, tanques de armazenagem verticais de grande capacidade. Equipamentos sobre pressão. Em 1991 obteve a certificação de qualidade, abriu novas instalações. Actualmente produz silos pressurizados, com paredes duplas em fibra de vidro e há muito que está no mercado internacional.A Henriques e Henriques trabalha num mercado restrito e está na linha da frente. Saúl Henriques deixou de fazer directas e trocou a oficina pelo escritório para poder acompanhar de perto a área comercial mas não se consegue afastar totalmente do sector de produção. Ali é o seu meio natural. Foi lá que nasceu e cresceu. Não está lá mais vezes porque não pode. Muito do seu tempo é passado em viagens. Os seus principais clientes são companhias petrolíferas, revendedores de combustíveis, empresas de tratamento de águas. A empresa começou por ser familiar e vai continuar a ser familiar. Os cinco filhos do Presidente do Conselho de Administração trabalham ou preparam-se para trabalhar com ele. A Henriques e Henriques tem actualmente oitenta funcionários, ocupa uma área de trinta mil metros quadrados. É líder no mercado internacional e dá passos seguros nos mercados internacionais. Na Espanha, na Ucrânia, em África. O sector energético é vasto e a empresa sabe que tem muito espaço para crescer.