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Grupo de Concertinas do Vale do Tejo lança primeiro CD

Grupo de Concertinas do Vale do Tejo lança primeiro CD

Para divulgar o som típico do instrumento tradicional

Para marcar posição no mercado e dar resposta aos pedidos de admiradores o Grupo Musical Concertinas do Vale do Tejo decidiu lançar o primeiro CD. Dezasseis faixas e muita animação em formato portátil.

“Pois é, pois é, pois é, a concertina é porreira para fazer a brincadeira/ A concertina é uma gaita, por ela tenho paixão/ Um dia quando morrer, vai comigo no caixão/ Se não couber num caixão, enterrai-me num caixote/ Mas deixai a gaita de fora, quem quiser que a toque”. Cantam assim os membros do Grupo Musical Concertinas Vale do Tejo num dos seus ensaios para concerto de promoção do primeiro CD. Na sala da Casa do Povo de Arcena, em Alverca, reúnem-se quase todos os elementos para preparar um espectáculo. As concertinas de tons vivos vão tocando cada uma a seu ritmo até que as batidas do bombo marcam o início de uma música e todas entram em sintonia. Vasco Simões, um dos impulsionadores do grupo, vai marcando os tempos e tirando dúvidas.O Grupo Musical Concertinas Vale do Tejo nasceu no final de 2004. Quem o compõe encontrou-se há uns anos numa formação dada pelo Inatel em Lisboa para dinamização da concertina, instrumento que se foi perdendo no tempo. Terminado o curso, os alunos foram mantendo o contacto e volta e meia encontravam-se para conviver e dar uso às concertinas.Os encontros foram-se tornando cada vez mais frequentes e surgiu a ideia: “Porque é que não iniciamos um projecto?”. Assim foi. Vasco Simões, aos 70 anos, é dos membros mais velhos, mas há muita gente jovem. Nuno Joaquim é um exemplo. Aos 20 anos desloca-se de Queluz até Arcena para participar nos ensaios. Um sacrifício que faz com prazer porque quem corre por gosto não cansa. Mas não é o único que vem de fora. Há gente de Odivelas, Lisboa, Almada e Azambuja, por exemplo.É a paixão pelos sons da concertina que os une. Vasco Simões confessa-se um apaixonado pelo som do instrumento e depois de aprender a tocar nunca mais conseguiu deixar. “A concertina foi sendo um pouco esquecida e agora é moda outra vez. Vai havendo mais gente nova a gostar deste instrumento”, conta satisfeito. “Aquilo que fazemos é por carolice, não temos apoios, mas temos tido muito trabalho e isso deu-nos condições para avançar com o projecto”, acrescenta. O grupo faz todo o tipo de espectáculos, desde arraiais, festivais, bailes, casamentos e outras festas.A aceitação foi tão grande e foram tantos os espectáculos por todo o país que surgiu a vontade e necessidade de gravar um cd. “As pessoas começaram a perguntar se nós não tinhamos cassetes ou cd para levar para casa. Nós decidimos que estava na altura de gravar o nosso trabalho e deixar uma referência no mercado discográfico português”, explica o “senhor Vasco”, como é tratado pelos membros mais novos.O Cd tem 16 faixas, algumas delas originais. O grupo tentou fazer um trabalho diversificado para dar a conhecer os sons típicos de todo o país. À medida que foram ganhando experiência foram também adicionando outros instrumentos. Agora já juntam o som de violas, cavaquinhos, flauta, ferrinhos, adufe e ocarina. As melodias destes instrumentos complementados pelas vozes resultam numa actuação muito animada e completa.
Grupo de Concertinas do Vale do Tejo lança primeiro CD

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