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Obras em pontes da região fazem perder a paciência à Nersant

Obras em pontes da região fazem perder a paciência à Nersant

Associação empresarial lamenta falta de resposta às propostas apresentadas ao Governo
A Associação Empresarial da Região de Santarém – Nersant prevê o “agudizar das relações” com o Ministério das Obras Públicas, dada a “incapacidade” do Governo em encontrar soluções de curto e longo prazo para os problemas que afectam várias pontes sobre o Tejo na região. Em comunicado, a Nersant recorda que, em reuniões mantidas com a Estradas de Portugal, apresentou várias propostas para minimizar os problemas decorrentes das obras em curso na ponte da Chamusca e dos condicionalismos impostos na ponte entre Constância Sul e Praia do Ribatejo (Barquinha) devido a questões de segurança. Refira-se que na ponte da Chamusca o tráfego está vedado a veículos pesados com mais de 20 toneladas e altura superior a 3,75 metros, enquanto na de Constância só podem circular viaturas até 15 toneladas.A Nersant lamenta que das sugestões, também apresentadas ao secretário de Estado das Obras Públicas e ao governador civil de Santarém, apenas tenha sido acolhida a da abertura de uma nova frente de trabalho na ponte da Chamusca para antecipar o final da empreitada. E vê com preocupação a possibilidade de a ponte de Constância ser totalmente encerrada ao trânsito, o que, na sua óptica, causaria “prejuízos incalculáveis às empresas”.Recorde-se que os presidentes dos municípios de Constância e Vila Nova da Barquinha lançaram recentemente um ultimato ao Governo: ou este assume pagar as obras necessárias na ponte sobre o Tejo que liga os dois concelhos ou a travessia será encerrada a curto prazo. Em carta remetida ao secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, António Mendes (CDU) e Miguel Pombeiro (PS) alegam que as suas autarquias não têm meios financeiros para assumir as despesas de reabilitação da ponte, que andarão entre os dois e os três milhões de euros.Os autarcas ameaçam ainda denunciar o protocolo assinado em 24 Novembro de 1984 entre as duas câmaras, o Ministério do Equipamento Social, a CP e o Governo Civil de Santarém, onde as duas autarquias assumiam a “conservação e manutenção futuras da estrutura metálica da ponte” ferroviária que foi reconvertida para tráfego automóvel. António Mendes e Miguel Pombeiro consideram que sempre se entendeu que esses encargos eram respeitantes a pequenas reparações, como as que têm vindo a ser realizadas. E não a obras de fundo como as que estão em causa.Na sua lista de propostas, a Nersant também defende a transmissão da exploração e gestão da ponte sobre o Tejo entre Constância Sul e Praia do Ribatejo dos municípios para a Estradas de Portugal por forma a facilitar o avanço das obras. Sugere ainda o levantamento das restrições de tonelagem na travessia, passando a gerir-se a distribuição da carga para evitar a passagem simultânea de mais que um camião.A Nersant advoga também o levantamento das restrições de altura no trânsito da ponte da Chamusca, a intervenção urgente no túnel do Rossio ao Sul do Tejo (Abrantes) com vista ao seu alargamento e a definição urgente do local e traçado da nova ponte a norte de Constância.Em Agosto último a Nersant já se tinha insurgido publicamente contra a falta de planeamento que permitiu obras simultâneas em três pontes que atravessam o Tejo acarretando "sérios e graves prejuízos" às empresas do distrito. A associação criticava a ausência de planeamento que permitiu a entrada em obra, "de uma assentada só", das pontes D. Luís (Santarém), Chamusca e Constância, com interdições ao trânsito que estão a provocar "sérios e graves prejuízos às empresas e à economia regional".
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