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Vetilabe em Abrantes há doze anos a olhar pelos animais

Vetilabe em Abrantes há doze anos a olhar pelos animais

Uma cínica veterinária que tem um banco de sangue
O gosto pela medicina veterinária foi surgindo por acaso durante a formação académica de Maria João Nunes. A veterinária concluiu o curso e abriu em conjunto com uma sócia a clínica Vetilabe em Abrantes. Apesar de residir em Santarém quis apostar em Abrantes onde não existia ainda nenhum serviço de assistência 24horas, quanto a si fundamental. A Vetilabe aposta numa constante formação dos seus profissionais para poderem responder às necessidades dos seus clientes que são cada vez mais atenciosos com os seus animais. “Tem havido uma grande evolução ao longo dos tempos. Há cada vez mais especialização e, para além dos tratamentos, as pessoas procuram cada vez mais a prevenção de doenças nos animais”, reconhece a veterinária. “Já se fazem coisas ao nível da medicina humana”, considera dando o exemplo do banco de sangue que a Vetilabe tem há um ano. “Criámos uma rede de animais que podem fazer doações. São animais com mais de 25 quilos e aos quais nós depois fazemos os testes de despiste. É um procedimento que já tem salvo vidas”.Apesar de existir uma crescente preocupação com os animais, ainda há muitos casos em que isso não se passa. São frequentes as situações em que os animais só são levados ao médico quando já estão muito doentes. “Há pessoas que não sabem lidar com os animais e temos de ser nós fazê-las perceber que estão a tratar de um ser vivo e não de algo descartável”, explica.Maria João Nunes gosta do contacto com as pessoas mas a medicina nunca foi o seu objectivo. Considera que trabalhar com animais pode ter vantagens na medida em que eles não mentem confessando que por vezes é mais complicado lidar com os donos do que com os próprios animais. “As pessoas às vezes têm vergonha do que fazem e omitem. Em vez de dizerem que o animal está doente há duas semanas dizem que está desde o dia anterior para não parecerem negligentes”, lamenta.Cães e gatos são os principais utentes da clínica mas de vez em quando lá aparece um animal mais exótico. “Os répteis e porquinhos-da-índia são cada vez mais frequentes”, constata. Quanto a animais de grande porte a veterinária confessa que de vez em quando aparecem ovelhas e borregos no seu consultório, mas na maioria dos casos reencaminha para outros profissionais mais especializados nesses animais.Um dos episódios mais caricatos foi uma cesariana de 18 cachorros que envolveu toda a equipa da clínica. Mas também há situações menos felizes. “Por vezes aparecem cães muito mal tratados que até nos levam a crer que tenham vindo de lutas de animais”, diz. Maria João Nunes considera também que os cães acabam por reflectir a personalidade do dono e por isso alguns são mais agressivos. Acrescenta que é preciso não ter medo do animal e saber dominá-lo para que ele não seja perigoso, seja de que raça for.A clínica Vetilabe está aberta todo o dia e conta com um serviço de urgência 24 horas. O corpo clínico é composto por três veterinários e uma auxiliar veterinária, estando apetrechada com todos os equipamentos necessários a um correcto diagnóstico e acompanhamento do paciente.
Vetilabe em Abrantes há doze anos a olhar pelos animais

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