Os funcionários da Câmara de Almeirim que não sejam casados não podem levar o(a)s companheiro(a)s com quem vivem em união de facto à festa de Natal do município, que se realiza na sexta-feira, dia 14. Uma das funcionárias que está nessa situação trabalha na biblioteca municipal e sente-se “discriminada e humilhada” com a decisão. Ana Policarpo, que vive em união de facto desde 2005, não tem levado o seu companheiro à festa por opção. Mas este ano os serviços camarários pediram-lhe o nome completo da pessoa com quem vive para lhe ser também enviado um convite. Ana Policarpo ficou surpreendida quando recebeu dois convites, uma para ela e outro para a filha. Questionou os serviços e a resposta foi que a vereadora da Cultura, Joana Vidinha (PS), tinha mandado retirar o nome do companheiro. A vereadora confirma que a prática tem sido não convidar quem vive em união de facto e que esta não é a única situação. “Não é pela questão de mais um jantar, é porque nos ficheiros da autarquia para efeitos de IRS o nome dos companheiros não constam”. Ou seja, se não fazem o IRS juntos, independentemente de viverem na mesma casa, terem filhos e partilharem as despesas, não têm nada que andar a cravar jantares ao município.