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Resíduos industriais perigosos começam a ser tratados a partir de Junho na Chamusca

Resíduos industriais perigosos começam a ser tratados a partir de Junho na Chamusca

Inauguração dos dois CIRVER está prevista para o Dia Mundial do Ambiente
Portugal está a preparar-se para deixar de exportar o lixo perigoso das indústrias com a conclusão da construção, na Chamusca, dos dois primeiros centros de tratamento CIRVER que vão ser inaugurados em Junho, no Dia Mundial do Ambiente. Os responsáveis dos dois CIRVER, em declarações à agência Lusa, explicaram que cada um dos centros se prepara para tratar entre 80 mil a 150 mil toneladas de resíduos industriais por ano, embora a capacidade máxima de cada complexo ultrapasse as 200 mil toneladas.Até há bem pouco tempo, os resíduos industriais eram na quase totalidade exportados, especialmente para o resto da Europa, mas a partir do momento que comecem a laborar os dois novos CIRVER vai começar a valer o princípio da auto-suficiência, limitando essas exportações aos resíduos que não têm solução final do mercado nacional.“As obras vão estar concluídas em Março. Depois falta o licenciamento [da Agência Portuguesa para o Ambiente], que deve demorar cerca de um mês, e vamos inaugurar no início de Junho”, afirmou Frederico Macedo Santos da Ecodeal, consórcio que detém um dos dois CIRVER - Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos.A obra do consórcio Sisav está também quase pronta: “ainda falta muita coisa, mas acreditamos que vamos conseguir inaugurar na data marcada”, o Dia Mundial do Ambiente que se comemora a 5 de Junho, adiantou Carlos Cardoso do Sisav.O arranque dos CIRVER acaba por acontecer depois de retomada a queima de resíduos perigosos em cimenteiras, nomeadamente na da Secil no Outão que voltou a co-incinerar em meados de Janeiro passado. O pré-tratamento dos resíduos industriais perigosos para co-incinerar é ainda uma questão em aberto, depois da legislação nacional ter autorizado estas operações às cimenteiras. Carlos Cardoso, da Sisav, disse ser ainda permaturo falar sobre quem vai fazer este pré-tratamento, mas Frederico Macedo Santos da Ecodeal disse que “existe um acordo” para que esse pré-tratamento seja feito nos CIRVER.Além de um aterro, cada centro vai ter unidades de descontaminação de solos, de solidificação-estabilização, de classificação e transferência (onde são analisados os resíduos que chegam e encaminhados para os vários tratamentos), de tratamento de embalagens (que contêm os resíduos), tratamento físico-químico orgânico e inorgânico, tratamento biológico, de evapo-oxidação, de desidratação de lamas e de tratamento de óleos usados.O centro da Sisav - Agrupamento de Empresas (sarp Industries, Auto Vila e SAPEC Portugal) pretende tratar 115 toneladas de resíduos no primeiro ano e cerca de 150 mil nos anos seguintes, sendo que o responsável do consórcio salienta que este CIRVER pode vir a tratar 315 mil toneladas por ano. O centro da Ecodeal - consórcio constituído pelo Fomento de Construcciones Y Contratas, Cabelte, Quimigal e Quimitécnica - quer tratar entre 80 a 100 mil toneladas, sendo a capacidade máxima de 150 mil toneladas.O Ecoparque do Relvão alberga já o aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos da RESITEJO e o aterro de resíduos industriais banais de Santarém (RIBTEJO). O concurso dos CIRVER foi lançado em Junho de 2004, tendo-se candidatado nove concorrentes dos quais oito propuseram construir centros de tratamento na Chamusca.
Resíduos industriais perigosos começam a ser tratados a partir de Junho na Chamusca

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