Reclamado um milhão de euros de perdão fiscal à Opel
Esta questão é complexa. Por um lado as autarquias querem investimento nos seus concelhos e acabam por comer e calar as isenções fiscais que são dadas às empresas. No caso da Opel, em Azambuja, a isenção fiscal foi do Governo mas muitas vezes - não sei se foi o caso da Opel - são as autarquias que disponibilizam terrenos para instalação de empresas a preços baratos e que os infraestruturam com recurso a dinheiros públicos. Em Torres Novas, Santarém, etc, etc, isso aconteceu.E aconteceu mais, pelo menos em Torres Novas. O Município comprou terrenos e vendeu-os em direito de superfície a empresas que entretanto já fecharam, como a empresa de processamento de carnes Tonova. É compreensível e louvável que se tente reaver dinheiro público mas também é aceitável que as empresas beneficiárias dessas benesses não se vejam manietadas nas suas estratégias pelo facto de isso ter acontecido. Na minha opinião devem ser sempre salvaguardadas as situações que possam ocorrer. E isso tem que ser objecto de negociação. Como tudo na vida há riscos. E no mundo dos negócios quem não arrisca não petisca. As empresas, o Governo e as autarquias quando se metem nestas situações sabem que estão a arriscar. Não vale a pena agora fazerem-se de vítimas ou de anjinhos.Jaime F. Cerdeira
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