“Comandante na noite mais longa” foi o título dado à entrevista com a minha pessoa, publicada na edição de O MIRANTE de 17 de Abril. Tal não corresponde à verdade. A comprová-lo, no texto editado, é referido que fiquei como 2º Comandante. No decorrer da entrevista eu referi que tinha ficado connosco um Oficial Superior. O então Major Costa Ferreira. Para as pessoas que comigo viveram estes momentos, pode parecer que eu quis aproveitar-me de uma posição ou de uma “heroicidade” que de facto não tive. Nunca trilhei esses caminhos e fico mal com a minha consciência. Assim muito grato lhe fico pela reposição da verdade. Eu era o Capitão mais antigo e fiquei como 2º Comandante. Como comandante da Escola Prática de Cavalaria ficou o então Major, Rui da Costa Ferreira.Garcia Correia, Coronel Reformado. Nota – Efectivamente o coronel Garcia Correia refere ter ficado na unidade como segundo comandante. Uma leitura errada das suas palavras levou-me a pensar que o capitão Salgueiro Maia teria assumido, de facto, nessa noite e madrugada, o comando da EPC. E que, não estando ele na unidade por ter liderado a coluna que marchou sobre Lisboa, seria Garcia Correia o comandante em Santarém. Pela interpretação abusiva, e em nome da verdade, aqui ficam as nossas desculpas pelo lapso aos visados e aos leitores.João Calhaz - jornalista