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Inspecções da ASAE melhoraram imagem de Fátima junto dos peregrinos

Comerciantes e hoteleiros de Fátima fazem um balanço positivo das inspecções da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) naquela cidade, que melhoraram a imagem do sector junto dos peregrinos e da opinião pública. “De uma forma geral, a ASAE não é um problema, porque está a aplicar exigências semelhantes ao resto do país e às quais nós temos de nos adaptar”, afirmou Pedro Pereira, presidente da Associação de Comércio, Indústria e Serviços de Ourém (ACISO).Para este responsável, a “restauração [local] não estava pior do que no resto do país”, mas Fátima foi uma “espécie de exemplo” que a ASAE quis apresentar. “Há dois anos, a ASAE deu-se a conhecer ao país através da sua primeira inspecção em Fátima”, que funcionou como uma “referência” para a imagem daquela instituição de segurança alimentar.Opinião semelhante tem Natércia Vieira, responsável por uma unidade hoteleira de Fátima, considerando que as acções da ASAE contribuíram para uma maior atenção dos próprios empresários para estas questões. “Penso que não havia grandes problemas de higiene, mas sim mais questões burocráticas por resolver”, considerou esta empresária. Na sua opinião, “as inspecções da ASAE vieram obrigar a subir os critérios de qualidade” dos serviços prestados. Já Carlos Vieira, proprietário de um restaurante no centro de Fátima, considerou que os inspectores também “estão mais dialogantes” no contacto com os empresários, procurando dar formação sobre quais os melhores procedimentos a tomar. “Nós não sabíamos que estávamos a actuar mal”, justificou o comerciante, considerando que estas acções inspectivas só vieram favorecer a imagem da cidade-santuário junto dos peregrinos. Contactada pela Agência Lusa, fonte da ASAE confirmou que existe um “decréscimo acentuado” das infracções detectadas na cidade de Fátima desde há dois anos. Na primeira acção, em Maio de 2006, “foram inspeccionados 381 estabelecimentos, onde a taxa de incumprimento foi de 38 por cento”, mas agora esse valor desceu para os 18 pontos percentuais.Esta descida é justificada pela ASAE com as “acções de fiscalização efectuadas” e “sessões de esclarecimento” do sector, “procurando que os agentes económicos se adaptem à legislação existente”. Para aquela instituição, agora há “maior transparência nas relações comerciais” e “maior qualidade nos serviços que são prestados”. Por outro lado, “se a concorrência é mais saudável, os consumidores certamente sairão beneficiados”, acrescentou a mesma fonte, que admitiu existirem novas acções nesta peregrinação mas não quis divulgar mais dados sobre essas inspecções.Para Miguel Sousinha, presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima (RTL/F), as acções da ASAE na cidade foram mais visíveis devido a “uma publicidade maior do que era normal” e porque tiveram lugar durante grandes peregrinações. “Os empresários aperceberam-se que existem normas a cumprir” e “desde então tem havido um esforço de formação com associações do sector”, acrescentou. “Muitos empresários não têm formação sobre a nova legislação e o normativo em vigor”, que “veio alterar muitos procedimentos” até então utilizados pelos comerciantes, concluiu Miguel Sousinha.

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