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Portugueses estão a procurar destinos mais curtos este Verão

A crise no sector é sentida nas viagens de longo curso do segmento mais económico

Agências de viagens estão a apostar na oferta de viagens de última hora para ultrapassar a crise.

As reservas de última hora e a procura por destinos mais curtos estão a “animar" os operadores e agências de viagens, ameaçados desde o início do ano com o abrandamento da actividade turística que este ano afectou Portugal. Em praticamente todas as agências do país proliferam anúncios 'last minute' (viagens de última hora) para quem deseje viajar nos dois/três dias seguintes."É um ano de extraordinárias promoções, como há muito tempo não acontecia. Sente-se uma baixa nas vendas e por isso os operadores baixam os preços e fazem promoções", disse à Lusa a directora-geral da rede de agências Gomes Pereira, Filomena Caldas. Para a responsável, a crise no sector é, por isso, sentida nas viagens de longo curso do segmento mais económico, nomeadamente o Brasil, "que tem sido um dos destinos mais sacrificados". Ainda assim, Filomena Caldas considerou que o turismo no Brasil está a viver um "ajustamento", depois de vários anos de franca expansão, mas os preços para este destino estão a deixar de aliciar os turistas portugueses, uns porque já lá foram e querem experimentar novas localizações, outros porque conseguem arranjar viagens mais baratas para outros locais. O Egipto tem sido um destino muito procurado, porque oferece pacotes de hotéis de quatro e cinco estrelas, num regime de tudo incluído que se torna muito competitivo, explicou Filomena Caldas. Na mesma linha, um funcionário da rede da Sonae Star Turismo explicou que existe um número cada vez maior de pessoas a procurar viagens de última hora, mas ainda assim garantiu que a rede oferece pacotes de viagens, por exemplo para a Tunísia ou as Baleares, "bastante atractivos". "Ainda é possível fazer boas viagens com um orçamento até 500 euros", frisou. Carmo Camacho, da Geotur, explicou que os destinos mais penalizados nas agências têm sido aqueles que foram os mais procurados dos últimos anos como a Jamaica, Brasil, Cuba, México ou República Dominicana, mas ainda assim acredita que o sector vai conseguir crescer em termos de vendas. É que perante um cenário de retracção no consumo, os operadores optam por apostar em nichos de mercado específicos, encontrando assim oportunidades de negócio no turismo empresarial, no sénior ou nos segmentos mais altos. "Nós especializamo-nos num 'target' mais alto, que tem tido um forte crescimento", disse Carmo Camacho, adiantando que comparando o ano passado com 2008, já se notam crescimentos na ordem dos 70 por cento. "São pessoas com poder económico muito grande, que viajam em companhias de aviação regulares, com pacotes à medida para as Caraíbas, Maldivas, EUA e alguma Europa", disse. A Gomes Pereira também optou por especializar-se, mas no segmento empresas, onde existem "grandes oportunidades", e no turismo sénior com poder económico que também está a crescer em Portugal, explicou Filomena Caldas.

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