“Quero conhecer o mundo inteiro”
Carla Barroso trabalha numa agência de viagens e já andou pelos quatro cantos do mundo
Tinha medo de andar de barco mas já fez cruzeiros, perdeu-se nas ilhas gregas, entrou numa feira masculina na Tunísia tendo sido obrigada a ligar ao namorado para a ir buscar. Marrocos, Tunísia, Grécia, Paris, Copenhaga, Fortaleza, Veneza, Milão fazem parte do álbum de viagens que guarda em casa.
Carla Barroso tem apenas 30 anos e já viajou pelos quatro cantos do mundo. É técnica de turismo numa agência de viagens em Santarém e não se vê a fazer outra coisa. Recorda com ironia que queria ser advogada, mas o fascínio em conhecer o mundo depressa a fez mudar de opinião. A causa pode ter sido apenas uma: desde criança que os pais e avó a transportavam consigo e lhe mostravam a diversidade cultural. Na memória ficou a viagem a Marrocos na companhia da avó, tinha nove anos, e as imensas passeatas com os pais pela Península Ibérica. Começou a vender viagens aos 22 anos, após ter concluído o curso de Gestão de Empresas Turísticas no Instituto de Novas Profissões, em Lisboa. A tenra idade não foi motivo para deixar de se ter destacado pela positiva e hoje ter o cargo de chefe de delegação. “O segredo é ser apaixonada por aquilo que faço. Se voltasse atrás voltaria a ser técnica de turismo”, esclarece. O seu dia-a-dia é passado em frente ao computador e com a mão no telefone entre conversas que podem ser em espanhol, francês, italiano, inglês… Diariamente existem toneladas de correio electrónico para responder, comunicações com os vários operadores turísticos a realizar, emissão de bilhetes electrónicos e reservas hoteleiras para fazer. Para além do profissionalismo que a profissão requer, Carla acha imprescindível a simpatia de qualquer agente turístico. “Não basta ser-se profissional. O ideal é que a aliar a esse profissionalismo esteja uma pessoa simpática, disponível e boa conselheira”. Cerca de 60 por cento das pessoas que entram numa agência de viagens têm definido o destino que querem, os restantes 40 por cento não fazem ideia e é nessa altura que a técnica de turismo se revela uma “mina de ouro” para muitos clientes, traçando o roteiro pretendido e surpreendendo sempre que possível. “O segredo da profissão está na empatia criada com os clientes. Para isso é muito importante para um técnico de turismo ser viajado, conhecer o mais que puder do mundo para poder partilhar experiências pessoais”.Apesar dos cenários paradisíacos fascinarem qualquer olhar, Carla Barroso diz-se adepta de países culturais contrariando as tendências e modas. “É muito habitual as pessoas escolherem destinos por estar na moda. Tento fazer exactamente o contrário. Não viajo por moda e tento sempre traçar objectivos relativamente àquilo que a viagem me pode oferecer”.Confessa ainda que trabalhar numa agência de viagens não significa que passem o tempo a viajar. Ao contrário do que se pensa, as ofertas dos operadores turísticos são diminutas e os salários pouco compensadores para se passar o tempo a viajar. O medo que tem em andar de barco não foi mais forte que a sua sede de viajar e lançou-se num cruzeiro pelo mediterrâneo rumo às ilhas gregas. Uma viagem que a fascinou e que aconselha aos amantes dos cenários idílicos e naturais. Apesar da sua filha ser ainda bebé, quer desde cedo habituá-la a viajar, acreditando que “filho de peixe saberá nadar”. A família e amigos sentem-se uns privilegiados por terem sempre à mão as últimas novidades do turismo mundial. De malas preparadas e kit de viagem sempre à mão, a próxima paragem da agente turística já se avista no horizonte e chama-se República Dominicana. Até lá, continua a inserir novos destinos na mente como Bora Bora, Quénia, México…
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