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Relampejante Manuel Serra de Aire

Concordo com a tua revolta por a malta de Lisboa se andar a aproveitar das nossas musas para fazer humor. Moita Flores é um bom exemplo disso, embora, temos de o admitir com algum constrangimento, não é por ser presidente da Câmara de Santarém que tem sido alvo da fúria satírica das Produções Fictícias. Nesse caso é o escritor e argumentista que está a ser flagelado pela concorrência a pretexto da sua faceta de comentador. Porque eles sabem bem que depois da passagem de Moita pelo Ribatejo, o comentador/autarca poderá tornar-se o mais prolixo escritor de humor em Portugal e mandar essa tropa para o desemprego. Matéria não lhe vai faltar. E em exclusivo, porque os gajos de Lisboa não conseguem ver além do Trancão…Passando agora a coisas sérias deixa-me manifestar a minha séria preocupação com as colhidas que a cavaleira tauromáquica Ana Batista sofreu nos últimos tempos. Confesso que mal tenho dormido, invejando a sorte dos toiros que têm o privilégio de estabelecer contacto com as beldades da nossa festa brava. Vão para o matadouro, mas vão consolados. Já numa perspectiva mais humana, essas jovens deviam ser proibidas de andar naquelas lides, pois estão muito mais sujeitas a esse tipo de acidentes do que os seus colegas homens. E, meu caro, não se trata aqui de uma manifestação de machismo ou de marialvismo mal digerido da minha parte. Basta encarar as coisas pela óptica do toiro. E qualquer toiro que se preze e que os tenha no sítio obviamente dá tudo para poder roçar os cornos pelas pernas da Ana Batista, da Sónia Matias ou de outras elegantes cavaleiras da nossa praça. Até por uma questão de virilidade e de marialvismo, vitaminas que ajudam a tonificar a festa. Se eu fosse toiro também tentava colhê-las. Pelo contrário, já não me surpreende nada que os animais virem as costas aos forcados e cavaleiros, como muitas vezes se vê. Que interesse tem um toiro em colher um gajo com um barrete na cabeça, que parece saído do Carnaval de Torres Vedras, ou em espezinhar tipos anafados como o João Moura. Os bichos podem ter cornos mas não são parvos. Feito este reparo mais do que justo deixo um apelo às nossas cavaleiras para que não se exponham a riscos desnecessários, pois são mal empregadas para andarem nos cornos do toiro. Tal como são mal empregadas para acabarem despedaçadas à bomba as “meninas” de Tomar que ultimamente têm sido tão perseguidas pelos bombistas como os soldados da Guardia Civil pelos turras da ETA. Será que o movimento Mães de Bragança alastrou ao Ribatejo e endureceu a luta contra a prostituição, fazendo disso uma causa nacional? Pelo sim pelo não, meus amigos nabantinos, se precisarem de serviços desses aconselho-vos a irem à recta da Atalaia que talvez seja mais seguro. Num prédio é que não, pois estão sujeitos a ir pelos ares. Literalmente.Cumprimentos marialvas do Serafim das Neves

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