Vila Franca de Xira soube da terceira linha pelos jornais
A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira esconde frequentemente informação aos cidadãos mas quando estes tomam conhecimento de factos primeiro que ela, por meios jornalísticos, como aconteceu com as recentes declarações do presidente da Refer, mostra-se muito indignada e melindrada, sentindo o facto como atropelo à sua condição de autarca/autoridade. Infelizmente não espero que o que aconteceu lhe faça compreender os atropelos a que os cidadãos são sujeitos pela autarquia.A linha de comboio enterrada possibilitaria restabelecer fluidez e continuidade espacial das áreas urbanas que ela divide, e outras melhorias mais, como é óbvio. Todavia, a autarquia tem uma posição contraditória sobre esta matéria. Por um lado quer o enterramento da linha de caminho-de-ferro, mas por outro tenciona construir, - a fim de facultar acesso pelo Sul à chamada Nova Vila Franca, - uma via de trânsito, situada entre a linha de comboio e o rio, perpassando o Jardim Constantino Palha e toda a Fábrica de Arroz, convergindo junto da praça de touros com a EN10, criando assim uma nova barreira física junto do rio, construída provavelmente com dinheiro do Polis. Enterrar a linha é ainda incerto e só será possível a longo prazo, entretanto, que será das «zonas de bem-estar e lazer e uma ligação íntima ao rio» prometidas, com esta nova via de trânsito? E que acontece aos quarteirões do cais? Para benefício daquela urbanização é a frente ribeirinha da cidade histórica que fica prejudicada?Naquela coisa que a autarquia chama “discussão pública” do PDM, que fez em Vila Franca de Xira com discursos laudatórios ao PDM proferidos por funcionários autárquicos, a presidente de câmara omitiu aquela intenção aos munícipes. Talvez não seja relevante. Espero que os vilafranquenses não tenham de saber disto pelos jornais, - poderiam ficar indignados!Rui Perdigão
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