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O IPS e o seu contributo para o desenvolvimento do distrito

Polémica nas declarações do Governador Civil Paulo Fonseca
Na última semana surgiram na Imprensa nacional e regional artigos relacionados com a conferência proferida pelo Sr. Governador Civil de Santarém na Universidade de Outono do PS Ribatejo em que, segundo fontes dessa imprensa, afirmou que os dois politécnicos do distrito “se continuarem separados estão condenados a desaparecer” mas em que reconhece a necessidade de “entendimento” e “articulação”.Relativamente a essas declarações a Lusa contactou, na altura, os dois presidentes que se pronunciaram sobre o assunto.No entanto, gostaria de deixar registadas algumas linhas de actuação e considerações que o assunto merece, para que não haja da parte da comunidade exterior ao Instituto mal entendidos nem especulações que pouco irão contribuir para a serenidade tão desejável numa altura em que as instituições estão em processo de mudança e adaptação a novas regras internas, decorrentes do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.Este Regime Jurídico fala em consórcios no sentido da coordenação da oferta formativa e dos recursos humanos e materiais, sem no entanto prejudicar a identidade própria e a autonomia de cada Instituto. É nessa linha que deve ser considerada a parceria com o Instituto Politécnico de Tomar, dado que esta é uma Instituição com um leque variado de cursos que permitem complementar as formações oferecidas pelo Politécnico de Santarém, no sentido de dar respostas às necessidades de formação da comunidade estudantil de todo o distrito.Mas há também a possibilidade de estabelecer parcerias com outros institutos localizados em zonas de fronteira com este distrito, tendo em conta que o número actual de recursos humanos qualificados, necessários à melhoria da qualidade do ensino, ainda não apresenta excedentes na maioria das instituições de ensino superior do país.Há formações que só ganham com a concretização dessas parcerias. Foi recentemente aprovado um curso de formação a nível de 2º Ciclo (Mestrado) na área do Ensino de Inglês e de Francês no Ensino Básico que é exemplo da articulação conjunta entre uma Universidade e seis Politécnicos, um dos quais Santarém, que prova a força destas parcerias de trabalho em rede, racionalizando e investindo no conhecimento produzido em várias instituições.A nossa área geográfica de actuação é essencialmente Lisboa e Vale do Tejo, pelas características da região em que estamos implantados.É nesta área que desenvolvemos a nossa actuação e pretendemos dar resposta às necessidades da região.Santarém tem uma localização privilegiada em termos de acessibilidades, perto da Grande Lisboa, de Setúbal, do Alentejo, do Oeste e do Médio Tejo, o que lhe permite captar facilmente estudantes dessa região.Foi uma das primeiras instituições de ensino superior politécnico a passar por uma experiência de consórcio, assinado há três anos com a Universidade Nova, que lhe trouxe vantagens em termos de protocolos de colaboração dos seus docentes em Centros de Investigação e na leccionação em cursos de mestrado (2º Ciclo) bem como no acesso, em condições preferenciais e especiais, a cursos de mestrado e doutoramento.O Instituto Politécnico de Santarém possui a única Escola de Desporto do país, em Rio Maior, cidade que assume um papel de charneira entre os territórios de Oeste, Santarém e Leiria.Santarém tem força para se integrar numa enorme região de polarização de Lisboa, região essa que se estende ao Médio Tejo, à Península de Setúbal, a Leiria e até a Évora.Um exemplo disso é a actual Feira de Gastronomia, um símbolo da cidade de Santarém, que reúne durante vários dias por ano gente de todo o país, mas em especial das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Oeste e Médio Tejo. É tal a sua importância que o actual Presidente da Câmara Municipal de Santarém tem prevista a criação de um centro Nacional de Gastronomia, em parceria com várias instituições entre elas o Instituto Politécnico de Santarém.Também em termos de investigação e desenvolvimento na área tecnológica, o Instituto Politécnico de Santarém integra como sócio efectivo o Pólo Tecnológico de Abrantes (Tagus Valley) de que o Instituto Politécnico de Tomar é sócio fundador, onde desenvolve e acompanha projectos essencialmente na área da tecnologia agro-alimentar e o Politécnico de Tomar intervém na área tecnológica, através da sua Escola de Tecnologia, localizada fisicamente neste espaço.Por todas estas razões se pode concluir que há espaço para todos desde que haja entendimento e vontade de trabalhar em conjunto e articuladamente para um fim comum, proporcionando à comunidade mais jovem do distrito uma formação superior de qualidade e sem grandes investimentos em termos de deslocações, bem como à grande faixa de trabalhadores da região o acesso à qualificação e actualização de conhecimentos e consequente melhoria do seu desempenho nas empresas em que trabalham e indirectamente, do seu nível social e cultural.Maria José Pagarete**Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Santarém

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