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Presidente do Politécnico de Tomar diz que não se fazem fusões por decreto

Presidente do Politécnico de Tomar diz que não se fazem fusões por decreto

Pires da Silva responde em artigo de opinião ao governador civil de Santarém
O presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), António Pires da Silva, considera que os políticos não se devem imiscuir na vida das instituições do ensino superior sob pena de perturbarem a sua actividade. Uma posição assumida em artigo de opinião publicado nesta edição (ver página IX do suplemento de Economia) e que tem como pano de fundo a intervenção feita pelo governador civil de Santarém durante a Universidade de Outono do PS distrital. Na altura, Paulo Fonseca advertiu que os politécnicos de Tomar e Santarém “se continuarem separados estão condenados a desaparecer (ver última edição de O MIRANTE)”. Agora, Pires da Silva responde que “as intervenções políticas sobre o destino das instituições de ensino superior correm o risco de desencadear processos de partidarização que perturbam mais do que facilitam a vida das instituições”. Pires da Silva sublinha que “todos os institutos politécnicos são instituições autónomas, com órgãos próprios que dentro dos limites da lei tomam decisões acerca do seu futuro”. E o futuro, para o presidente do IPT, passa pela “criação de consensos que mobilizem as estratégias pessoais de uma maioria de docentes”. Pelo que diz ser “contraproducente a insistência em fusões, casamentos ou na necessidade de esta ou aquela receita para a resolução dos problemas da rede nacional de ensino superior”, num claro recado a Paulo Fonseca.O responsável do IPT realça o trabalho feito no Politécnico de Tomar nos últimos três anos - com a adaptação ao processo de Bolonha que levou à redução e adaptação do corpo docente, ao aumento do número de alunos e a criação dos cursos de especialização tecnológica. E destaca que os resultados alcançados tornam ainda mais evidente que “obrigar a uma fusão do Instituto Politécnico de Tomar com outra instituição talvez não só não salvasse as duas como talvez as condenasse, a ambas, ao desaparecimento”. Isto porque “a transformação das instituições não se faz por decreto, mas sim pela motivação dos seus profissionais”.A vice-presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPS) é mais diplomata na abordagem. Mas também realça que o novo regime jurídico das instituições de ensino superior embora preveja consórcios no sentido da coordenação da oferta formativa e dos recursos humanos e materiais entre as várias entidades não deve prejudicar a identidade própria e a autonomia de cada instituto.Maria José Pagarete recorda que o IPS foi uma das primeiras instituições de ensino superior a desenvolver um consórcio, assinado há três anos com a Universidade Nova. E destaca que “há espaço para todos desde que haja entendimento e vontade de trabalhar em conjunto e articuladamente para um fim comum”.
Presidente do Politécnico de Tomar diz que não se fazem fusões por decreto

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