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Autarcas de Valada queixam-se de intervenção deficiente nos diques

Autarcas de Valada queixam-se de intervenção deficiente nos diques

Eleitos exigem à empresa que repare as anomalias detectadas que podem colocar segurança em risco
Os autarcas da freguesia de Valada, Cartaxo, queixaram-se de “deficiências” na reparação de perto de 20 quilómetros de diques junto ao Tejo, tendo exigido que a empresa responsável pela obra procedesse às devidas correcções. O presidente da Junta de Freguesia de Valada, Manuel Alfredo Fabiano (PS), disse que, quando as autoridades locais detectaram que as obras nos diques apresentavam “deficiências” passíveis de “colocarem em risco a segurança das populações em caso de grande cheia do Tejo”, decidiram intervir.A Assembleia de Freguesia de Valada (de maioria PSD) propôs uma visita ao local para verificação das anomalias, que se realizou com a presença da vereadora na Câmara Municipal do Cartaxo com o pelouro das Obras Municipais, Rute Ouro (PS), de um técnico municipal e do responsável técnico da obra. Manuel Fabiano afirmou que a empresa não estava a fazer “um trabalho de fundo”, enquanto João Oliveira, membro da assembleia de freguesia, disse que há troços do dique que não foram intervencionados, sendo “visíveis muitas fendas e buracos”, que “comprometem a estabilidade” daquela barreira.A empresa à qual foi adjudicada a reparação dos cinco diques, numa extensão de cerca de 19 quilómetros, por 500.000 euros, ainda não entregou a obra, tendo Manuel Fabiano assegurado que só o fará quando as vistorias da autarquia e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) verificarem que “ficou tudo devidamente feito”. A obra, comparticipada em 10 por cento pela Câmara Municipal do Cartaxo, teve um orçamento inicial de 1,6 milhões de euros, atribuído pela CCDR-LVT.Paulo Caldas, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo (PS), disse que o remanescente da verba poderá não ser devolvido, uma vez que a autarquia quer reinvestir esse dinheiro na valorização da margem ribeirinha. O autarca declarou-se ainda optimista quanto à perspectiva de obter um “regime de excepção” para Valada, que sofre apertados condicionalismos urbanísticos determinados pela Lei da Água. “Estou optimista que em 2009, conjuntamente com a revisão do Plano Director Municipal, vai haver possibilidade de edificação em Valada”, disse. Com as limitações impostas, usando a quota de cheia de 1979, a maior do século XX, Valada, ameaça “morrer”, na opinião dos autarcas de todos os partidos com assento nos órgãos autárquicos da freguesia, bem como na Câmara.
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