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Jogo para homens de barba rija dá empate entre Monsanto e Fátima

Jogo para homens de barba rija dá empate entre Monsanto e Fátima

Equipa da casa acusou equipa de arbitragem de a ter impedido de ganhar

Dificilmente uma partida de futebol poderia ter tantos motivos para não ser bem jogada como o Monsanto-Fátima de domingo, a contar para a Série C da II Divisão, que terminou com empate a uma bola.

Ao vento gélido de nortada e chuva que se fizeram sentir no campo do Pião, em Monsanto, juntou-se uma partida quezilenta e atabalhoada, com jogadores amontoados no meio campo, e sem grande recortes técnicos a registar. Nas bancadas os adeptos apoiaram as equipas e não se esqueceram de “mimar” o árbitro todo o jogo. E ainda houve um auxiliar substituído ao intervalo.A história da primeira parte foi praticamente a do golo marcado pelo Monsanto, um pouco contra a corrente de jogo. Após livre de Pedro Nobre a bola fez uma série de tabelas e sobrou para Toni que, após fintar um defesa, rematou de pé esquerdo junto ao poste da baliza de Nené. O guardião ainda tocou na bola mas não evitou o golo.O Fátima mostrou-se mais equipa nesses 45 minutos. Ao quarto de hora Luís Paez falhou o golo de forma incrível, em duas ocasiões sucessivas com defesas de René. João Fonseca viria a sair lesionado e substituído por André Santos nos fatimistas antes do intervalo.No segundo tempo houve mais oportunidades de golo e polémica. Ao intervalo um dos auxiliares do árbitro sentiu-se mal e teve de ser substituído. Depois de ser sorteado entre os clubes quem iria tentar arranjar um árbitro auxiliar, coube a tarefa ao Monsanto que tentou saber se alguém se encontrava na bancada. E de lá saiu uma solução com um árbitro de Minde. O jogo recomeçou com um atraso de 20 minutos. O Fátima voltou a criar perigo e Jorge Neves falhou o desvio de cabeça ao segundo poste no reabrir da partida.Cinco minutos depois chegou o golo do empate. O árbitro assinalou grande penalidade de Moleiro sobre Duarte Matos e Paez rematou forte na marcação, sem hipóteses de defesa para René. O jogo subiu de intensidade e também o ritmo dos cartões amarelos. E o Monsanto reclamou grande penalidade num lance aos 65 minutos. Jamerson ganhou a bola junto à linha final e ao entrar na área parece ter sido derrubado por um defesa do Fátima, lance que o árbitro mandou seguir.As substituições nos bancos operavam-se sem que a tendência do jogo mudasse muito. Pedro Fazenda tentou o golo de longe mas a bola foi à figura de Nené. E Luís Paez voltou a criar perigo aos 75 minutos, com um remate forte defendido por René, após trabalho individual. Pouco depois, o Monsanto ficou reduzido a dez jogadores com a expulsão de Moleiro por duplo amarelo. Foram dez minutos de assédio do Fátima mas sem grande clarividência, se exceptuarmos um remate em arco de Nuno Martins que deu sensação de golo.“Equipa de arbitragem não nos deixou ganhar”O treinador adjunto do Monsanto deixou palavras duras relativamente à actuação da equipa de arbitragem dirigida pelo lisboeta Nuno Afonso. Luís Alves não poupou nas palavras. “Com o resultado com que chegámos a ganhar ao intervalo por 1-0 nunca pensei que se passasse que se passou aqui. Toda a gente viu e é uma vergonha. Mandarem um árbitro para aqui que em Ponte de Sor ofereceu-lhes dois penaltis. Hoje não teve dúvidas nenhumas em marcar grande penalidade num lance duvidoso, quando a seguir há um lance mesmo à frente do fiscal de linha com o Jamerson que deixa passar” disse o técnico no final da partida. Continuando em tom crítico, Luís Alves lembrou que no lance em que Moleiro é expulso por duplo amarelo tinha acabado de ser derrubado por um defesa quando seguia isolado para a baliza.“É muito difícil assim. Somos uma equipa pequenina, não estamos habituados a estas coisas. O Fátima vem da Divisão de Honra e talvez lá o queiram meter outra vez. Quem tem mérito sobe normalmente e não precisa destes empurrões. Da maneira como foi o jogo só não ganhámos a partida porque a equipa de arbitragem não nos deixou ganhar”, acusou o técnico. “Estivemos mais perto da vitória”Por parte do Fátima, Rui Vitória reconheceu a dificuldade da partida mas considerou que a sua equipa esteve mais perto de ganhar. “Foi um jogo entre duas boas equipas em campo muito difícil. Tivemos alguma infelicidade como sofremos o golo, com quatro ressaltos, mas abordámos bem o jogo e estivemos perto de vencer. Não estamos contentos por queremos vencer também não vai mal ao mundo por este resultado”, analisou o técnico. Rui Vitória considera que devido ao protagonismo recente do Fátima, todos os adversários querem ganhar ao primeiro classificado e que os jogos em campos difíceis vão continuar. “Temos vindo a fazer campeonato bom, apenas com deslize no último jogo frente a boa equipa”, acrescentou.
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