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Assembleia de Alpiarça em tom de concórdia com nova presidente da câmara

A avaliar pela forma como decorreu a última Assembleia Municipal de Alpiarça a tensão política que se vinha registando no actual mandato nesse órgão tinha como causa o presidente da câmara, Joaquim Rosa do Céu (PS), que pediu a suspensão do mandato para assumir as funções de presidente da entidade regional de turismo. A ex-vice-presidente do município, Vanda Nunes (PS), participou na sessão como presidente pela primeira vez e parece ter conseguido apaziguar os ânimos. Respondeu a todas as questões, não houve trocas de acusações, ataques e discursos em tom inflamado como acontecia até agora. O facto da guerra política ser sobretudo com o presidente ficou espelhada pelas intervenções das bancadas da oposição que desejaram felicidades à nova presidente no desempenho do cargo, mas não pouparam críticas a Rosa do Céu. “Tenho a certeza que a presidente Vanda Nunes vai saber incutir no espírito de algumas pessoas da bancada do PS que política não é guerra e que nos devemos respeitar uns aos outros”, salientou o social-democrata João Brito. João Brito acrescentou que está disponível para cooperar com o executivo, apesar de poder não estar de acordo com algumas coisas. Da bancada da CDU, o eleito Celestino Brasileiro criticou a forma como Rosa do Céu abandonou a autarquia a pouco tempo do final do mandato, considerando que tal atitude constituiu um desrespeito pelos eleitos e pela população. A exemplo do PSD, o eleito comunista fez votos para que a nova presidente tenha para com a assembleia “um maior respeito, sobretudo pela oposição, que o seu antecessor não teve”.O líder da bancada do PS, Paulo Espírito Santo, não partiu para o ataque e preferiu dizer que os socialistas estão certos que Vanda Nunes tem capacidades para liderar a equipa que tem maioria na câmara municipal. E acrescentou que Rosa do Céu “provavelmente deixou as suas marcas, mas ninguém é insubstituível”. Até na assistência se verificaram indícios de que há uma mudança. Na zona do público apenas estavam cinco pessoas, quando em assembleias anteriores a sala enchia por completo.

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