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“Samora a Concelho, Realidade ou Utopia?” reacende a luta pelo município

“Samora a Concelho, Realidade ou Utopia?” reacende a luta pelo município

António da Loira lança livro de memórias da sua terra e do processo de restauração

Comerciante aproveitou o tempo livre para pesquisar sobre a história de Samora Correia, e recuperou documentos, fotografias e memórias do processo inacabado da criação do município.

António Louro, um comerciante aposentado com 73 anos, colocou no papel memórias da terra onde nasceu e numa linguagem simples e directa reflecte sobre vivências dos samorenses com um enfoque especial no processo de restauração do município de Samora Correia a que está ligado há cerca de 30 anos e que “está longe de estar terminado”. A vila deverá ser elevada a cidade este ano, mas a restauração do concelho terá de aguardar por nova oportunidade.António Loira-cognome que adopta em homenagem à sua mãe Virgínia Loira, trabalhadora rural de quem herdou a força de viver-apresentou o livro “Samora a Concelho, Realidade ou Utopia?” na tarde de sábado e perante meia centena de convidados, entre familiares e amigos. O presidente da Câmara Municipal de Benavente, entidade patrocinadora da iniciativa, aceitou o convite para a mesa de honra. António Ganhão (CDU) recordou o conturbado processo da criação do concelho de Samora Correia. “Senti que era um alvo a abater, ainda que fosse através da intriga e da calúnia, expressas em documentos anónimos”, recordou, referindo-se aos ataques de que foi alvo por parte de alguns samorenses que defenderam duma forma mais polémica a criação do concelho em 1997/98. Sobre o livro, António Ganhão disse ser “uma obra polémica de um homem simples e dedicado à sua terra”. O edil comunista encorajou o autor a continuar a escrever sobre Samora Correia e as suas memórias. António da Loira está a preparar mais duas edições que resultam de investigação sobre o passado da sua terra.O deputado socialista Nelson Baltasar confessou não ter lido a obra por antecipação mas manifestou curiosidade de a conhecer, revelando um grande conhecimento do processo da restauração do município de Samora Correia. O parlamentar considerou que António Louro (militante e ex-autarca e dirigente do PS) é o exemplo raro de “um homem com grande amor à terra onde sempre viveu e onde tem sido um cidadão activo e empenhado”.O escritor Domingos Lobo, animador cultural da Câmara Municipal de Benavente, assinou o prefácio da obra, mas com o seu nome de baptismo José Domingos. Uma separação clara do técnico de animação cultural e do escritor ligado ao Partido Comunista Português. O livro está a ser vendido a 15 euros cada. O autor disponibilizou um terço da receita dos livros vendidos pela paróquia de Samora Correia para as obras da igreja Matriz, que elege como um símbolo da sua terra. Outra referência é o fundador de Samora Correia, D. Paio Peres Correia cuja estátua, erigida na Praça da República, aparece na capa do livro. António Louro integrou a comissão do Movimento Cívico para a Restauração do Concelho de Samora-MAIS SAMORA que recolheu fundos e coordenou o processo de concepção e instalação da escultura em bronze da autoria de Rui Medeiros ‘Alex’.
“Samora a Concelho, Realidade ou Utopia?” reacende a luta pelo município

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