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Amantes do radiomodelismo aceleram no novo espaço de Casais da Lagoa

Amantes do radiomodelismo aceleram no novo espaço de Casais da Lagoa

Pista do concelho da Azambuja é considerada uma das melhores a nível nacional

Os amantes do radiomodelismo evoluem todos os fins-de-semana na pista dos Casais da Lagoa, Azambuja. Para os pilotos as vantagens são óbvias: não se paga seguro, os carros são mais baratos e não há risco de despiste com o piloto lá dentro.

Depósito atestado, um estridente arrancar do motor e o carro está pronto para superar os obstáculos a grande velocidade. É na pista todo-o-terreno dos Casais da Lagoa, à beira da Estrada Nacional 3, no concelho de Azambuja, que se concentram todos os fins-de-semana os amantes de radiomodelismo.A escala é de 1/8. Na pista aceleram “trugs” e “buggys”. O modelo fica ao gosto do piloto. Os carros são controlados por rádio a partir da torre. Mas há ainda muitos por chegar. “Há muitos carros que ainda estão na prateleira e que podiam vir até aqui. Queremos que as pessoas ponham em prática o radiomodelismo e usufruam da pista”, convida o responsável da secção de radiomodelismo da Associação Desportiva e Cultural dos Casais da Lagoa (http://pistaradiomodelismoadccl.blogspot.com), Mário Sotério, 34 anos, electricista de automóveis.O contributo para a pista de Casais da Lagoa pode ficar pelos dois euros em dia de treino. Os sócios pagam apenas um. O dinheiro serve para ajudar nos gastos de água e luz. Mas a paixão pelo radiomodelismo nunca fica por menos de 300 euros. O veículo de Miguel Gomes, 27 anos, custou 435 euros e funciona a gasolina. Para o administrativo do Hospital Curry Cabral, residente em Almada, acelerar na pista é uma forma de fugir ao stress da semana.Há quem se renda à modalidade pelas vantagens óbvias. Não se paga seguro, os carros são mais baratos que um veículo de rali verdadeiro e não há o risco de despiste. Com o piloto lá dentro. É também por isso que João Carvalho, 51 anos, um dos dirigentes da secção, mecânico de automóvel de profissão, é praticante. “Como não há possibilidade de praticar à escala real praticamos um desporto à escala 1/8”, explica o piloto que começou a acelerar há um ano e meio e já se rendeu aos trilhos do todo o terreno.Ao sábado e domingo o local enche-se de espectadores que estacionam o carro à beira estrada para ver os movimentos dos veículos de tracção às quatro rodas. E também de pilotos de vários pontos do país que já elegeram a pista do concelho de Azambuja como uma das melhores da modalidade a nível nacional, como confirma o vice-presidente da Federação Portuguesa de Radiomodelismo Automóvel, César Coelho. “A associação tem feito um bom trabalho e tem condições para receber os campeonatos nacionais”. A pista vive da manutenção e do amor ao desporto dos dirigentes. Foi inaugurada em Outubro de 2008. O sonho começou em Azambuja. Mas as queixas dos vizinhos por causa do barulho dos carros, nas imediações do Grupo Desportivo de Azambuja, atiraram estrutura para a freguesia vizinha. A associação recebeu o projecto de braços abertos. “Sou a favor de tudo o que possa retirar os jovens de maus caminhos e proporcionar algum divertimento às pessoas”, diz o presidente da colectividade, José Brás, que se empenhou na concretização do sonho com a ajuda dos elementos da secção e do presidente da junta de freguesia de Aveiras de Baixo, Silvino Lúcio.O dirigente arranjou um terreno que fica integrado na Urbanização Quinta de Santo António. A proprietária cedeu o espaço a título gratuito e a Câmara Municipal de Azambuja deu um contributo. Uma empresa de jardinagem ofereceu a relva e os tubos também foram cedidos sem custos. As empresas vão ajudando, mas para melhorar as infra-estruturas de apoio faltam ainda mais patrocínios. E falta um telheiro para abrigar os pilotos nas mesas de manutenção dos veículos - forradas com a carpete que recebeu o Primeiro-ministro Sócrates no anúncio da plataforma logística da Castanheira do Ribatejo e que tinha como destino o lixo.Crescer a pilotar um carro à distânciaNo dia em que fez sete anos Bruno Coelho recebeu um carro de radiomodelismo. Aos 15 anos o jovem, residente em Alverca, é vice-campeão nacional na escala de 1/8 pista.Começou a acelerar os carros telecomandados no campo de futebol em Alpriarte. O pai, César Coelho, vice-presidente da Federação Portuguesa de Radiomodelismo Automóvel improvisava um circuito ladeado de pedras que o jovem piloto seguia.Sete anos depois continua por paixão. Aos fins-de-semana, que a modalidade não exige treinos intensos. Apenas atenção redobrada em dias de treino e de prova. E um olhar atento a partir da torre. “O segredo é a força de vontade”, descortina o piloto do CRAP - Monsanto. O jovem gosta de acelerar mesmo fora da pista de “alcatrão” à escala 1/8. O circuito todo o terreno dos Casais da Lagoa é um dos seus espaços preferidos.
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