uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Rafael Lopes um ribatejano à conquista de um lugar no futebol do Benfica

Um guarda-redes que nasceu no União de Santarém e voou para a luz

Rafael Lopes, “Rafa” como é mais conhecido iniciou-se na prática do futebol na mais tenra idade. Tinha apenas cinco anos quando ingressou na escola de futebol do União de Santarém. Foi aí que começou a sua carreira, ainda numa toada mais de “brincadeira” do que propriamente de formação, foi aí também que descobriu a sua vocação para a baliza. “Ele na União começou por jogar a ponta de lança, mais tarde é que passou para a baliza”, conta Ordélio Silva, pai do jovem que é agora guarda-redes do Sport Lisboa e Benfica.

“Rafa” tem apenas 12 anos, está no Benfica há quatro anos, é actualmente o guarda-redes titular da equipa de infantis A do clube da Luz. E que guarda-redes, num torneio de Natal disputado no final de Dezembro em Espanha, que contou com a presença dos maiores clubes da Europa, Barcelona, Real Madrid, AC Milão, Inter de Milão, Borússia e Valência, entre outros, “Rafa” foi só considerado como o melhor guarda-redes do torneio. “Esta eleição foi o melhor momento da minha vida de jogador de futebol”, garante o jovem futebolista ribatejano.Foi para o Benfica quase por acaso. O treinador das escolas do União tinha um irmão a jogar no clube da Luz, e um dia levou-me com eles, treinei e o então treinador gostou tanto de mim que veio logo falar com os meus pais para eu ficar ligado ao Benfica”, Diz com alegria “Rafa”. A partir daí, todo o percurso de “Rafa” se fez no Benfica, sob o comando dos mais variados treinadores. “Com todos fui aprendendo, e com os quais venci muitos torneios e fui campeão de Lisboa, em escolas e infantis”, refere.Como todos os jovens tem dois grandes ídolos, Peter Schmeichel e Oliver Kahn povoam os sonhos de “Rafa”. “Era ainda muito pequeno e já dizia que queria ser um guarda-redes como eles, são os meus dois grandes ídolos”, diz com graça Rafael Lopes.Benfica tem tudo o que é preciso para formar um jovem jogadorEmbora ainda não treine nem frequente o Centro de Estágio do Seixal, “Rafa” garante que no Benfica tem tudo para se poder formar como futebolista e sobretudo como um bom guarda-redes. “Treinamos nos Pupilos do Exército e ali temos todas as condições, e também excelentes treinadores, todos os dias aprendemos mais um pouco”, garante. Na sua memória estão já alguns êxitos importantes. “Não me esqueço da vitória no Mundialito, do Torneio de Estarreja onde vencemos o Porto na final e fui considerado o melhor guarda-redes, e agora este torneio em Espanha que nunca mais esquecerei”, diz “Rafa”.Na escola aumentam as dificuldadesNos estudos “Rafa” já tem um percurso definido. “Quero conseguir formação em educação física, mas sei que com o passar dos anos vai ser cada vez mais complicado jogar futebol e estudar. Mas estou disposto a lutar e a fazer sacrifícios para seguir por diante nas duas vertentes”, diz com simplicidade.O pai e a mãe reconhecem que com o passar dos anos será cada vez mais difícil a vida do filho, mas estão dispostos a lutar a seu lado pela sua felicidade e garantem que não vão regatear esforços para o verem singrar nos estudos e na baliza do Benfica. “Não é fácil para ele nem para nós, trabalhamos e temos que sair do trabalho às 16 horas para o levar e trazer dos treinos é cansativo, mas fazemo-lo com gosto, porque o “Rafa” também merece, é um aluno razoável e um filho muito amigo”, dizem.A ida de “Rafa” para o Benfica foi até benéfica para os estudos. “No Benfica são muito exigentes nesta parte dos estudos. Temos que levar sempre as notas, e quando elas são más já sabemos que não somos convocados. É uma espécie de castigo que nos leva a não descurar os estudos e felizmente até hoje ainda não chumbei ano nenhum”.“Rafa” tem talento e capacidade técnica que demonstram que pode vir a ser um guarda-redes com grande futuro e despertar atenções, embora o escalão de infantis seja ainda uma altura muito precoce para se falar em craques. Ainda assim enquadrado num grupo de trabalho muito unido e com o apoio incondicional dos pais e técnicos, o jovem não tem dúvidas “de que o que quero é ser guarda-redes, estou disposto a fazer todos os sacrifícios necessários para alcançar os meus objectivos, sem deixar de ter os pés bem assentes no chão, e sem desiludir os meus pais”, garante “Rafa”.

Mais Notícias

    A carregar...