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Património arquitectónico e radicalismos

Estou convencido que um dos problemas que obstam a que o património arquitectónico não seja preservado tem a ver com algumas posições radicais. Há exageros de todo o tipo assim que alguém, com boas intenções decide mexer numa igreja ou num monumento. Chovem críticas e disparates. Que as madeiras deviam ser as mesmas que tinham sido utilizadas na construção original, assim como materiais e por vezes até técnicas de construção. E chegam a defender que os edifícios nem sequer devem ter finalidade diferente da original, o que ainda é mais grave. Tudo aquilo só serve para atrasar e desmotivar. Há queixas, impugnações, acções judiciais. E quem tinha vontade de salvar da ruína desiste e nunca mais se mete noutra. Os fundamentalistas do património, como todos os fundamentalistas, não existem para resolver problemas. Existem para colocar entraves. De cada vez que aparecem é mais um monumento que vai ser condenado à ruína porque não há paciência nem resistência para tal. Sou a favor da defesa do património mas com bom-senso. Com soluções razoáveis e praticáveis. Sou contra a beatice. Contra todas as formas de beatice.Manual Serafim Carvalho Pereira

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