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Chegam de autocarro à estação de comboios de Vila Franca de Xira

Chegam de autocarro à estação de comboios de Vila Franca de Xira

Chegam de autocarro à estação de comboios de Vila Franca de Xira nas tardes apressadas de sexta-feira. Directamente da Ota. São magotes azuis. A sonhar com o voo directo para uma carreira na Força Aérea Portuguesa. Neuza Gomes, Fábio Lampreia, Soraia Pinto e Tiago Teixeira. Têm 18 e 19 anos. O início de pôr-do-sol faz brilhar os botões dourados da farda azul. Transportam malas rectangulares sobre rodinhas. Deixam-se ofuscar pelo cosmopolitismo de uma cidade suburbana. A estação encanta. O fim-de-semana aproxima-se. Estão prestes a apanhar os olhares dos passageiros do próximo comboio com destino ao Norte. Se uma farda chama a atenção, uma mulher fardada chama ainda mais. Neuza e Soraia confirmam. Tiago e Fábio criticam a pretensão. Meio a sério, meio a brincar. São discípulos da terceira esquadrilha da senhora tenente Sílvia Silva. O aeroporto que um dia esteve para ser na Ota pouco diz aos futuros militares da Força Aérea que por lá pernoitam durante a semana. Que fique para a outra banda, dizem unânimes. As asas que cada um tem para construir valem cem vezes mais do que a cidade aeroportuária que um dia esteve para ser. O futuro está ali. Na polícia aérea, nos serviços de saúde, nas operações de socorro e ao serviço da mecânica de material terrestre. Ou noutro lugar qualquer. Ana Santiago
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