Os automobilistas da zona do Bom Sucesso, em Alverca, vão ter em breve um parque de estacionamento onde deixar os seus veículos. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira vai construir um parque de estacionamento com 982 metros quadrados no “Pátio do Silvino” e aprovou em reunião de câmara a tomada de posse administrativa da propriedade. A autarquia tentou adquirir o espaço, mas não chegou a acordo com a proprietária sobre os valores a negociar. “Os valores eram completamente irreais e havia a intenção do alugar o espaço por um valor muito elevado”, explica a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O terreno, composto por dez lotes, foi local de habitação mas está abandonado, albergando apenas o “Café Teixeira”. Maria Teixeira, que explora o estabelecimento em regime de aluguer, garante que ninguém falou consigo, embora já tenha ouvido que queriam construir ali um parque de estacionamento. O MIRANTE tentou contactar a proprietária do terreno, Olinda Silva, mas tal não foi possível até ao fim da edição. A construção do parque de estacionamento foi bem recebida pela oposição. Nuno Libório, vereador da CDU, “congratula-se com a posse administrativa do terreno”, mas alerta para as oportunidades perdidas em matéria de estacionamento no Bom Sucesso. Segundo o vereador, terminou a 31 de Dezembro, o prazo de candidaturas ao Proqual - Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa, promovido pelo Governo e que permitiria o financiamento a 65 por cento das obras a realizar. A autarquia de Vila Franca de Xira, acusa, “desperdiçou importantes fundos financeiros necessários para resolver um dos maiores problemas estruturais da freguesia de Alverca”.O estacionamento é um dos problemas que mais afectam a zona do Bom Sucesso. O parque a construir no “Pátio do Silvino” vai ter cerca de 50 lugares, cerca de um oitavo nas necessidades estimadas pela câmara municipal para aquela zona. A construção de um silo automóvel subterrâneo foi uma das propostas que mais perto esteve de se concretizar naquela zona mas caiu por terra por a lei determinar que teria de ser pago. A solução encontrada na maior parte das ruas daquela área urbana passa pelo estacionamento em lugares de parqueamento provisórios, marcados pelas autoridades no espaço dos passeios para peões.