Seis elementos da rede de casamentos ilegais ficaram em prisão preventiva
Seis das doze pessoas detidas sexta-feira, 9 de Janeiro, pela Polícia Judiciária (PJ) por auxílio à imigração ilegal ficaram em prisão preventiva, incluindo dois funcionários públicos que falsificavam documentos, disse fonte oficial. A outra metade deste grupo ficou sujeita a apresentações periódicas às autoridades. A organização a que pertenciam os indivíduos, detidos em Lisboa e no Porto, emitia contratos de trabalho falsos e outros documentos necessários para o processo de legalização de estrangeiros que já se encontravam em território nacional. Os funcionários públicos - um da Segurança Social e uma conservadora do registo civil - "facilitavam a emissão de actos públicos destinados à produção de documentos com vista a favorecer a legalização e obtenção da nacionalidade de pessoas", de acordo com um comunicado da PJ.A organização recrutava ainda pessoas em condições socioeconómicas “muito modestas” para a celebração de casamentos com cidadãos da União Europeia “que se deslocavam ao nosso país para obter de forma fraudulenta a respectiva legalização”, o que lhes permitia mais tarde ter nacionalidade portuguesa.As autoridades admitem que centenas de pessoas terão sido legalizadas em Portugal por esta organização, que cobrava pelos actos quantias que podiam ir de alguns milhares até à dezena de milhar de euros.
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