A chuva cai, mas os tenistas permanecem em campo. O amor ao desporto supera todas as adversidades. Mesmo as metereológicas. Ao domingo de manhã o campo de Azambuja, no complexo das piscinas municipais, é um refúgio onde se resgatam forças para uma semana de trabalho. Alexandre Grazina, fiscal municipal, e Luís Ramos, comerciante, ambos com 53 anos, estão concentrados. Lado a lado no campo para que a bola não volte a cair no chão. O olhar não se desviam, mas soltam-se piadas a meio do jogo. O bom humor tempera a partida. Hoje jogam cinco elementos. Alexandre Grazina, presidente do grupo que agita os amantes do desporto na vila, é um amante de várias modalidades que se complementam. Desde o ténis à bicicleta, passando pelo futsal. Importa libertar o corpo e a mente. Há dias em que o pavilhão do Grupo Desportivo de Azambuja se transforma num campo improvisado de ténis, mas hoje o “campo coberto” estava preenchido. A chuva também pode ser motivo de conversa. “Amanhã está tudo no centro de saúde”, alvitra um desportista mais preocupado. Um rapaz de capuz sobre a cabeça vai apanhando as bolas ensopadas. Antes do meio dia e meio saem de campo para entrar no pavilhão das piscinas onde se espalha o vapor dos tanques aquecidos. Para desalento dos tenistas de fim de semana não se alugam toalhas na recepção. Ana Santiago