Habitantes de Torre do Bispo contra entrega de escola a motards
Alguns habitantes da Torre do Bispo foram à última reunião do executivo da Câmara de Santarém protestar contra a decisão do município em atribuir a desactivada escola primária da aldeia a um clube de motards designado “Bispos do Asfalto”. A autarquia tinha decidido na reunião anterior responder afirmativamente ao pedido do clube. Assim que a decisão foi conhecida, parte da população mobilizou-se e reclama agora a posse do imóvel.A comissão instaladora do Centro Cultural da Torres do Bispo diz que foi apanhada de surpresa pela decisão, alegando que foram mantendo contactos ao longo dos tempos com o presidente da Junta de Freguesia de São Vicente do Paul e com o vereador Ricardo Gonçalves (PSD), manifestando sempre a sua intenção de ali criar um ponto de convívio para toda a população. Alega que o clube motard é restrito e composto na sua maioria por pessoas que não residem na aldeia, enquanto o seu projecto é mais abrangente.O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), assumiu a sua disposição em resolver o problema a contento de todas as partes. Referiu que a decisão camarária de entregar a escola aos “Bispos do Asfalto” para ali criarem a sua sede social concedeu-lhes direitos adquiridos. E sublinhou que à data dessa deliberação (19 de Janeiro), só havia essa associação constituída na localidade, pelo que esse movimento de cidadãos não estava em condições de reclamar o equipamento. O município só entrega as escolas a associações, como aliás decidiu nessa mesma reunião ao atribuir a escola da Moçarria ao Moçarria Aventura Clube e a de Mata do Rei à Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica 2/3 de Alcanede.Moita Flores sugeriu ao movimento para se constituir rapidamente em associação para se poder rever o caso. Para já a autarquia, em articulação com as juntas de freguesia de São Vicente do Paul e de Achete, vão tentar encontrar um imóvel que possa ser cedido aos “Bispos do Asfalto”, para a escola desactivada ser atribuída à nova associação. “Esta é a decisão mais adequada, mais sensata e que não prejudica ninguém”, declarou o autarca, afirmando que espera ter a situação resolvida dentro de um mês.
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