O Centro Cultural do Bom Sucesso, em Alverca do Ribatejo, custou mais 360 mil euros do que estava inicialmente previsto. A obra adjudicada por 1 milhão e 841 euros acabou por sofrer uma derrapagem de 360 mil euros. No total o valor final a pagar ronda os 2 milhões e 204 mil euros. De acordo com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira o dinheiro serviu para fazer face às alterações ao projecto inicial decorrentes sobretudo do problema verificado no prédio denominado “Casa Amarela”. O pátio do edifício ruiu parcialmente e houve a necessidade de reformular e fazer investimentos, que não estavam previstos, para estabilizar e fazer a contenção de terras naquela zona.O projecto foi candidatado ao PROQUAL – Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Neste caso concreto cinquenta por cento do custo foi financiado por fundos comunitários, ficando metade por conta da autarquia.Durante uma visita à freguesia de Alverca do Ribatejo, no dia 1 de Abril, a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, esteve no Centro Cultural do Bom Sucesso, remetendo para mais tarde a revelação dos números. Mas, Maria da Luz Rosinha, disse, na ocasião, que é “seguramente um bom investimento já que requalifica uma zona que precisava de mudanças”.A inauguração oficial do espaço decorreu no sábado, inserida nas comemorações do 25 de Abril, mas a sua abertura estava prevista para Maio de 2007, como noticiou O MIRANTE na sua edição de 4 de Outubro de 2006. Um atraso de quase dois anos.Na cerimónia de inauguração, que contou com dezenas de populares, foram assinados os protocolos entre a autarquia de Vila Franca de Xira e as cinco associações que ali vão ficar sediadas. A sede do Centro Social e Cultural do Bom Sucesso (CSCBS), a Federação das Associações de Pais do Concelho de Vila Franca de Xira (FAPXIRA), o Clube de Aeromodelismo de Alverca do Ribatejo, a Associação Dinamizadora de Folclore do Concelho de Vila Franca de Xira e a Associação para a Promoção da Saúde e do Desenvolvimento comunitário (APSDC). As associações têm a responsabilidade pelo espaço ocupado, sendo a autarquia responsável pela direcção do centro.O espaço alberga ainda uma delegação da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, o Núcleo Museológico do Bom Sucesso, a Casa da Juventude, uma Biblioteca, esplanada e um palco amovível onde será possível realizar os mais diversos espectáculos.O projecto do Centro Cultural do Bom Sucesso pertence ao arquitecto Miguel Arruda e a primeira pedra da obra foi lançada em Outubro de 2006. Na altura estava prevista a sua conclusão para Maio de 2007.Depois da assinatura dos protocolos foi feita uma visita ao moderno centro cultural e realizou-se a sessão solene evocativa dos 35 anos pós 25 de Abril, que contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha e restante executivo camarário. Durante a cerimónia foram entregues emblemas de mérito autárquico e no final foi cantada a Grândola Vila Morena, música de Zeca Afonso, numa evocação à revolução dos cravos.Equipamento vai ter dois parques de estacionamentoQuem chega ao Centro Cultural do Bom Sucesso tem muita dificuldade em arranjar estacionamento. Para solucionar o problema a autarquia de Vila Franca de Xira vai construir dois parques de estacionamento. O Parque Noroeste (NW) do Centro Cultural do Bom Sucesso (CCBS) e o Parque Alto do Moinho de Vento.O primeiro localiza-se na Rua Bento de Jesus Caraça e deverá servir os utentes do CCBS e os moradores da zona. A obra, que já está a decorrer, prevê a criação de 29 lugares de estacionamento, três dos quais destinados a deficientes, a criação de zonas verdes de enquadramento, a plantação de 13 árvores, instalação de sistema de rega gota-a-gota, drenagem das águas pluviais, criação de passeios e alargamento dos passeios existentes. Um investimento municipal de 82 mil euros.O Parque Alto do Moinho de Vento localiza-se no Bom Sucesso e deverá servir os moradores daquela localidade. Contará com 19 lugares de estacionamento, dois dos quais para deficientes, estando prevista a construção de passeios em calçada, 3 árvores em caldeira e uma zona verde de protecção, que se desenvolve ao longo dos seus limites poente e noroeste, e que faz a transição para o talude natural existente. O processo encontra-se em fase de entrega das propostas, por parte das firmas empreiteiras, tendo a câmara municipal definido um preço base de 87 mil euros.