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Benfiquistas esquecem tristezas da falta de títulos com um bom almoço e histórias antigas

Benfiquistas esquecem tristezas da falta de títulos com um bom almoço e histórias antigas

Trabalhadores dos serviços municipalizados de Vila Franca tiveram como convidado um vereador do Belenenses
Foi à volta de um bacalhau assado com batatas a murro que os benfiquistas dos Serviços Municipalizados de águas e saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira conviverem e trocaram histórias. O almoço foi na Casa do Benfica da cidade, na sexta-feira, 29 de Maio e juntou três dezenas de amantes do clube da luz. Durante mais de uma hora, a boa disposição esteve sempre presente e não faltou quem viesse “equipado” à Benfica. Tudo por amor ao clube.“O meu pai ainda não me tinha ido ver à maternidade e já me tinha feito sócio do Benfica. Foi o meu primeiro bilhete de identidade”, conta com orgulho, Nelson Lopes.Com 38 anos e lugar cativo no novo Estádio o sócio recorda um momento especial. “Estava em Paris. O Benfica estava na final da taça de Portugal com o Porto, no tempo do Camacho. Andei à maluca pelas ruas de Paris à procura de bilhete para vir de propósito festejar. Consegui bilhete e festejei a vitória do Benfica por 2-1. Foi fantástico”, relembra com saudade. Sentado do outro lado da mesa está Ernesto Ferreira. Natural de Ponte de Lima tem 70 anos mas há 42 que reside em Vila Franca de Xira, altura em que se fez sócio dos encarnados. Assume-se benfiquista desde que nasceu. Depois de recuar uns bons anos conta uma das muitas aventuras que fez, por amor ao clube. “Vinha de boleia desde Ponte de Lima para Lisboa ver o Benfica. Chovesse ou fizesse sol. Com fome ou com pouco dinheiro no bolso. Os jogos da Taça dos Campeões Europeus acabavam à meia-noite e andava nas ruas de Lisboa até de manhã, para apanhar outra boleia de regresso a Ponte de Lima”, confessa o sócio 5533. Em casa garante que é tudo benfiquista, menos os gato. As adeptas também quiseram marcar presença. Entre homens, Lurdes Letra, de 55 anos, mais conhecida por “Milu” e por cantar fado, tem dificuldade em exprimir o sentimento do que é ser benfiquista. Lá em casa nem todos são benfiquistas “ “Tenho uma “lagarta”. A minha filha de 23 anos. Casou com um benfiquista no mês passado e está um pouco dividida. Vai ver o Benfica ao Estádio da Luz com o marido. Ao Estádio de Alvalade, ela bem pede, mas coitadinha, ninguém a leva”, revela com um sorriso “Milu”, que não gosta de ver os jogos entre os dois rivais da segunda circular.Quando vai ao estádio costuma “pôr-se em cima das cadeiras e gritar como uma louca”. Recorda com saudade as vitórias que o Benfica teve no passado. “O Benfica naquela altura era o melhor do mundo e hoje continua a ser. Serei sempre do Benfica”, assegura.O almoço dos benfiquistas contou com um “infiltrado azul”. Vale Antunes, adepto do Belenenses, vereador e presidente do conselho de administração do SMAS de Vila Franca de Xira, aceitou o convite e fez questão de marcar presença. “Uma vez por ano há este convívio que ajuda a fortalecer as relações e é extremamente positivo. O bacalhau está óptimo e a fome ajuda a que saiba ainda melhor”, conclui o autarca, bem-disposto.
Benfiquistas esquecem tristezas da falta de títulos com um bom almoço e histórias antigas

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