A tentativa de inscrever Coruche no Livro dos Recordes do Guinness com a maior prova de vinhos do mundo não chegou a começar devido à falta evidente de público nas bancadas da praça de touros, sábado à hora marcada, para tentar bater as 5 095 pessoas que Aranda de Duero (Espanha) conseguiu registar em Setembro de 2006.O enólogo Mário Louro, responsável pela organização, entrou na arena da praça cerca de meia hora antes da 45.ª Corrida da Casa do Pessoal da RTP, olhou em redor e verificou que não estavam reunidas as condições. Estariam nesse momento cerca de duas mil pessoas nas bancadas munidas de copos de acrílico. “Agradecemos a vossa presença e certamente que Coruche irá fazer uma nova tentativa. Quem quiser pode beber o vinho que está a ser servido nos corredores da praça. Muito boa noite”, comentou o enólogo. O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, aventou ainda na praça de touros que se poderia tentar que fosse homologado o recorde com as pessoas presentes pelo facto de nunca se ter tentado bater o recorde numa praça de touros e com bilhete comprado. “A intenção era chamar e dar enfoque ao vinho e a sua ligação com o vinho, dar visibilidade à rolha e ao sector corticeiro”, comentava. Esta segunda-feira o autarca disse a O MIRANTE que se aguarda a entrega do relatório do responsável do Guinness Book para ser publicado, sem adiantar outros comentários.Na bancada da praça, Helena Sardinha não ficou desapontada. “Pelo menos tivemos a iniciativa e se as pessoas não aderiram a culpa não é de Coruche”, comentou. Ao lado o pai, Francisco Sardinha, tinha outros argumentos. “A iniciativa pode não ter sido suficientemente divulgada e as pessoas não vieram tão cedo”, analisava. Uma fila acima o crítico tauromáquico Domingos Costa Xavier disse que Coruche tem motivos suficientes para estar em destaque e dispensar aquele tipo de iniciativas. “São inócuas e não adiantam nada à terra. Tem a FICOR, os Sabores do Toiro Bravo e iniciativas na área da cultura, como um livro recente sobre a história do cinema, para estar em destaque e chamar gente”, argumentou.