União de Sindicatos responde às críticas da Nersant
A União de Sindicatos de Santarém (USS) garante que “tudo continuará a fazer para que os direitos dos trabalhadores e os postos de trabalho sejam defendidos”. E reforça a “exigência de acompanhar a aplicação de apoios e/ou fundos públicos que sejam entregues ao patronato”. A posição da USS surge em reacção à posição tomada pela Associação Empresarial da Região de Santarém, que criticou a actuação dos sindicatos no caso da empresa IFM/Platex, onde a produção parou e os trabalhadores fizeram piquetes junto à fábrica reclamando o pagamento do salário de Abril. A situação acabou por ficar resolvida no dia 26 de Maio.Em comunicado cujo teor demos conta na última edição de O MIRANTE, a Nersant considerou de “elevado risco” a estratégia dos sindicatos no caso da IFM/Platex lamentando que “legítimos conflitos laborais” sejam transformados em “acções de grande impacto mediático, mas comprometedoras da viabilidade das empresas”.A direcção da Nersant anunciou também a suspensão da sua participação no Gabinete de Crise criado no Governo Civil de Santarém para acompanhar a situação nas empresas de maior relevância durante este período de recessão, por considerar que esta não conseguiu “enquadrar a resolução do problema da Platex e evitar a agudização do conflito provocado por razões e objectivos que mais tarde se tornarão claros”.Em resposta, a União de Sindicatos responde à letra: “A suspensão da participação da Nersant na Comissão do Governo Civil não adianta nem atrasa nada pela simples razão que a USS/CGTP-IN nunca deu, nem dará cobertura a operações de cosmética social e política e era precisamente isso que o Governo e o patronato tinham combinado: ‘não levantar ondas’”.“Os trabalhadores lutaram e sacrificaram-se pelo futuro da empresa e ao fim de uma semana de luta o patronato lá se decidiu pagar o mês de Abril e a dizer que estava em negociações com o Governo, lê-se no comunicado da USS onde se garante que no dia 5 de Junho será feito um balanço da situação da empresa. “Nesse dia se saberá o que vale o patronato e que garantias vai dar quanto ao futuro da IFM”.
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