Joaquim Nóbrega
64 anos, empresário, Alcanena
“Acho engraçado o estilo da Manuela Moura Guedes. Costumo vê-la sempre. É uma jornalista que tem uma forma diferente de dizer as coisas. Gosto da maneira directa e frontal como trata os assuntos e coloca as questões”
Cidade ou aldeia?Estou muito melhor aqui (Alcanena) do que em Lisboa, onde vivi e trabalhei 17 anos. Morava em Santa Iria da Azóia e tinha que me levantar às seis da manhã para chegar ao trabalho. À noite, no regresso, chegava para lá das 21h00. Aqui é um sossego. Vim em 1994 abrir uma loja de peças automóveis. A minha vida sempre foi dedicada aos automóveis. O que mantém um cliente fiel ao negócio?A atenção para o cliente, a simpatia e a sabedoria de conhecimentos. Temos que saber trabalhar com o que vendemos. Vendo peças mas também sei reparar motores. O meu filho também não é mecânico mas também sabe reparar. Filho de peixe sabe nadar. Qual é a sua maior paixão?São os automóveis antigos. O meu primeiro foi um Ford de 1937. Comprei um carro de dois contos e quinhentos a prestações. E faço parte do Vilar Clássicos - Real Clube de Veículos Antigos D. Carlos I. Agora mesmo estou a organizar um encontro de automóveis antigos em Alcanena, no dia 21de Junho, um domingo de manhã. Já tenho cem carros inscritos de todo o país. A concentração é às nove horas na Praça 8 de Maio. O passeio inclui, entre outras iniciativas, uma visita ao Museu da Boneca.E já foi ao Museu da Boneca?Fui lá no dia da inauguração mas confesso que os discursos foram muito longos e acabei por não ver as bonecas em exposição porque tinha que ir para Lisboa. Depois disso ainda não voltei lá. Alcanena tem museus a mais?Não. Os museus ou outros espaços de índole cultural nunca são demais. Quanto mais oferta, mais pessoas nos visitam e estimulam o nosso comércio. Confia nos políticos?Não. Da maneira como as coisas andam não se pode confiar. Voto sempre mas não tenho partido. Voto no candidato que eu acho que pode fazer melhor pelo concelho de Alcanena. No futebol também não tenho clube. Tanto sou do Benfica, como do Porto ou do Sporting.O que tem a dizer do caso Alexandra, a menina russa que foi entregue à mãe biológica?Um crime! Tal como também me chocou muito o caso Esmeralda ou o da Maddie. Ainda hoje digo que havia de haver pena de morte para quem faz mal a um bebé. Os tribunais brincam com o sentimento das crianças. Não têm sensibilidade para lidar com estes assuntos. O que lhe parece o estilo jornalístico da Manuela Moura Guedes?Acho engraçado. Costumo vê-la sempre. É uma jornalista que tem uma forma diferente de dizer as coisas. Gosto da maneira directa como trata os assuntos e coloca as questões. Qual é a melhor maneira de trocar as voltas à crise?Arregaçar as mangas e acreditar no futuro. Somos nós que fazemos o nosso futuro a cada minuto. Temos que afastar o pessimismo. De uma vez por todas.
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