Os fazendeiros do Cnema
A pretexto das comemorações do 10 de Junho em Santarém, o Presidente da República escreveu um texto dirigido à equipa de O MIRANTE para elogiar o nosso trabalho ao serviço da região. Estamos obrigados a fazer mais e melhor para merecermos o elogio da mais alta figura do Estado português que nos honrou com o seu interesse e a sua leitura (ver texto na página 15 desta edição).Para não perdermos tempo recusamos, no dia em que recebemos a mensagem do Presidente da República, um convite da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), para uma tentativa de conciliação com a administração do Cnema. Os homens da CAP colocaram a nossa empresa no índex e têm vindo nos últimos tempos a complicarem a vida aos jornalistas desta casa. A ERC, criada por este Governo para evitar os abusos dos jornalistas, em vez de pôr os fazendeiros do cnema em sentido, e mandar cumprir a Constituição Portuguesa e os valores do 25 de Abril, telefonou numa tentativa de nos pôr a “pastar caracóis”.A CAP é dona e senhora do Cnema. Pode até comprar a cidade de Santarém com monumentos e tudo; e embrulhar no negócio os pacóvios dos políticos locais que lhes deram tanto poder e hectares de boa e honrada terra. O negócio de O MIRANTE é jornalismo de serviço público. Se nos expulsarem da cidade vamos para os escombros da Ribeira de Santarém. Lá temos a certeza que o povo nos dará guarida. E não é plausível que aqueles terrenos interessem aos especuladores, aos vendilhões do templo, sequer aos fazendeiros da CAP para as suas grandes negociatas.Há uns anos atrás, timidamente, começamos a reservar uma página da nossa edição para as cartas dos leitores. Nos dias de hoje, com a grande ajuda da internet, podemos seleccionar entre as cartas e comentários recebidos aqueles que merecem a publicação. No futuro teremos que repensar a estratégia e dar ainda mais espaço à palavra dos leitores.É a contar com o futuro que criamos o Clube dos Leitores de O MIRANTE.Fica aqui esta nota numa altura em que já nos mobilizamos para mais uma iniciativa que faz a diferença no panorama da imprensa regional e nacional. São os leitores na generalidade que nos ajudam a fazer a diferença. Apesar de tudo a iniciativa continua a ser arrojada principalmente devido ao facto de muitos leitores não enviarem as suas cartas e comentários devidamente identificados. O desafio está feito. O caminho faz-se caminhando. JAE
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