As alunas do acelerador de partículas
Chamam-se Vanessa Pires, Joana Guerreiro a Ana Sabino. Têm 17 e 18 anos e são alunas finalistas do agrupamento de ciências e tecnologias da escola secundária do Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira. Juntamente com outras duas colegas (Sara Silva e Joana Oliveira) decidiram realizar um longo projecto de fim de ano sobre o acelerador europeu de partículas, conhecido por CERN (Centro Europeu de Investigação Nuclear) e foram as primeiras alunas do concelho a visitar as instalações, localizadas entre a França e a Suíça. As alunas meteram mãos à obra e o resultado foi a publicação de um livro com mais de 100 páginas, em que expõem os conceitos, modo de funcionamento e teorias que o CERN quer provar, como a teoria da anti-matéria e da super-simetria. “Quisemos ir ao acelerador de partículas para vermos no local como funcionava uma vez que estava em construção desde 1993 e estava finalmente pronto”, referem. A viagem foi realizada no final de Abril e custou a cada uma perto de 700 euros, isto depois de largas dezenas de pedidos de autorização e cartas trocadas entre a escola e o CERN. “É muito diferente do que se vê nos filmes. Não conseguimos ver cientistas de bata branca e estava tudo cheio de pó. Disseram-nos que não tinham tempo para limpar, apenas para investigar”, contam. As jovens, residentes no Forte da Casa, dizem gostar de ciências e de astronomia. “Quisemos meter esse gosto em prática”, dizem, enquanto explicam um pouco do modo (aparentemente) simples de funcionamento do acelerador de partículas, conhecido por LHC. “É um túnel circular de 27 quilómetros que atira dois feixes de partículas em direcções opostas e que desencadeará reacções que poderão dar respostas para, por exemplo, o início do universo”. Filipe Matias
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