Drink In prefere falar em “declaração de interesses” da Central de Cervejas do que em proposta de compra
Afirmação de Alberto da Ponte é “táctica” diz administrador da empresa de Santarém
Jorge Armindo, que adquiriu a Drink In a Sousa Cintra em 2006, vê com bons olhos o interesse da Central de Cervejas na sua empresa que atravessa graves dificuldades financeiras, mas avisa que há outros interessados.
“Acho que é uma afirmação táctica. Ele sabe bem que há outros interessados e provavelmente está a jogar uma cartada. Normal entre homens de negócios”. É desta forma que Jorge Armindo, que adquiriu a Drink In a Sousa Cintra, em 2006, reage às declarações feitas pelo presidente da Comissão Executiva da Sociedade Central de Cervejas (SCC) terça-feira, 2 de Junho, na Casa do Campino, em Santarém.Na ocasião, Alberto da Ponte, à margem de um convívio promovido pela Central de Cervejas, afirmou ter feito uma proposta à Drink In e que estava a aguardar resposta. “Agora depende muito do que os bancos e os credores decidirem. O problema está com eles e devem dar uma resposta a breve trecho”, disse o patrão da cervejeira de Vialonga.Quanto à manutenção dos postos de trabalho, caso a SCC adquira a Drink In, Alberto da Ponte foi claro. “Se eu conseguir manter a massa crítica, estão na sua esmagadora maioria garantidos”, referiu, em Santarém, o administrador-delegado da Central de Cervejas.Em declarações a O MIRANTE Jorge Armindo vê com bons olhos o interesse manifestado pela SCC na Drink In mas joga à defesa. “A declaração é demasiado avançada para aquilo que temos em mãos. Não há nenhuma proposta. Há uma declaração de interesses que têm de ser concretizados. Estamos longe de poder dizer que ele está só à espera de resposta”, assegurou o homem forte da Drink In.O administrador da cervejeira de Santarém nega qualquer divergência com Alberto da Ponte, com quem tem mantido contactos nos últimos meses. A sua vontade é que “surja uma solução que permita resolver os problemas da empresa”.Contactada pelo nosso jornal e confrontada com as declarações de Jorge Armindo, a Sociedade Central de Cervejas disse “não ter comentários a fazer”.
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