Na edição do jornal O MIRANTE do passado dia 9 de Junho o senhor Pedro Carlos disserta sobre a “sua Cooperativa” pretendendo, fazer esquecer erros crassos de gestão e “aproveitamentos” que são do conhecimento público.A Cooperativa Planotejo, incapaz de responder às necessidades de qualificação a que qualquer estrutura empresarial tem que responder, faliu. O senhor Pedro Carlos pretende erigir-me como responsável pela situação.Vamos então contar um pouco da história que o senhor Pedro Carlos pretende omitir:1. A Planotejo teve oportunidade de, nos meus mandatos como Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, desenvolver duas obras municipais de razoável dimensão financeira. Em nenhuma situação conseguiu cumprir uma das vertentes essenciais de um concurso público - cumprir o prazo de execução.2. Na empreitada relativa à ampliação do Edifício dos Paços do Concelho a Câmara Municipal de Alpiarça concedeu, à Planotejo, diversas prorrogações graciosas até ao limite do defensável. A Planotejo, como o senhor Pedro Carlos sabe, ganhou um concurso público, que tem regras, com base numa combinação de preço e prazo. Manter indefinidamente as prorrogações, como pretendia o senhor Pedro Carlos, seria ultrajar um concurso público e dar legitimidade à empresa que ficou colocada em 2° lugar, para apresentar o legítimo protesto. Qualquer aprendiz de empresário conhece tais regras - o senhor Pedro Carlos deveria, também, conhecê-las.3. Não se comenta, fica talvez para mais tarde, a qualidade do trabalho desenvolvido pela Planotejo - nesta e noutras obras realizadas no concelho de Alpiarça.4. A acção conducente à qualificação global do Centro Cívico foi articulada e respeitada, por parte da Câmara Municipal de Alpiarça, em todas as suas vertentes. Só não foi a Planotejo, como pretendia o senhor Pedro Carlos, a realizar a obra.5. Nesta como noutras situações o senhor Pedro Carlos bem tentou, só que não somos todos “produtos da mesma cepa”. Mas aqui há uma história que todos os trabalhadores da Planotejo devem conhecer: Em determinado momento solicitei à Planotejo uma “obra” particular - a pintura de um apartamento. A minha surpresa foi quando tentei pagar, porque o senhor Pedro Carlos dizia que a Planotejo não iria receber, já que se tratava de um “favor” como outros que ele fazia normalmente. Claro que a Planotejo recebeu só que para o conseguir tive que me deslocar, a um sábado de manhã, aos escritórios da Cooperativa e exigir que aceitassem o pagamento. A funcionária dos serviços administrativos recorda-se, concerteza, do assunto e, claro, eu guardei cópia do cheque. Enfim procedimentos e atitudes de quem olha os outros pelo espelho onde se vê. Noutras situações que, deduzo, terão tido lugar os trabalhadores da Planotejo foram informados de que a Cooperativa corrompia?Até agora ao referir-me aos colaboradores da Planotejo não utilizei, propositadamente, a expressão Cooperantes. É que infelizmente, para eles, nunca o foram. Se o tivessem sido não teriam saído da Cooperativa “de mãos a abanar” e “montados” nas sua bicicletas, enquanto o senhor Pedro Carlos saiu a conduzir carros “topo de gama”. Se o tivessem sido não teriam assistido ao desmoronamento de uma estrutura empresarial colectiva, enquanto as empresas particulares, e concorrentes da Planotejo, do senhor Pedro Carlos floresciam.Por agora ficamos por aqui. Para outras “andanças” ficam os telefonemas particulares de uma sobrinha do senhor Pedro Carlos, residente em França, e a quem ele contava “contos de sereia” num acerto de partilhas com, pasme-se, verbas que, segundo ele, teria a receber da Câmara Municipal de Alpiarça.Alpiarça 15 de Junho de 2009 Joaquim Luís Rosa do Céu