Jorge Custódio é o primeiro director do Museu Nacional Ferroviário no Entroncamento
Criado em 1991 pela Assembleia da República só tem uma secção concretizada e aberta ao público
Se alguém quiser comparar o andamento do museu ao de um comboio, terá que recuar aos primórdios do caminho-de-ferro.
O historiador e museólogo Jorge Custódio vai tomar posse oficialmente no dia 24 de Junho como primeiro director do Museu Nacional Ferroviário, sedeado no Entroncamento. O especialista em arqueologia industrial já se encontra em funções desde o início deste mês e foi contratado pela Fundação Museu Nacional Ferroviário para uma comissão de serviço de três anos.Jorge Custódio, natural de Santarém onde coordenou a candidatura da cidade a património mundial na década de 90, é quadro superior do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). De entre as várias funções e cargos que desempenhou, destaca-se no currículo a direcção do Convento de Cristo, em Tomar, entre 2002 e 2007. Trabalhou na génese do Museu dos Lanifícios na Covilhã, do Museu da Fábrica de Rolhas de Cortiça do Inglês em Silves, coordenou a montagem do Museu do Cimento de Maceira-Liz e o projecto do Museu do Tempo em Santarém, instalado na Torre das Cabaças.Contactado por O MIRANTE, Jorge Custódio considerou o desafio aliciante e informou que apresentará o seu plano de actividades durante a cerimónia de tomada de posse.Lá vai a apitarA Lei 59/91, que criou o Museu Nacional Ferroviário, Engenheiro Armando Ginestal Machado, no Entroncamento, foi aprovada por unanimidade na Assembleia da República no dia 20 de Julho e publicada no Diário da República de 13 de Agosto do mesmo ano. Teve origem numa proposta do deputado do já extinto Partido Renovador Democrático, Hermínio Martinho.Só cinco anos mais tarde, em 1996 seria criada pelo Governo uma Comissão Executiva Instaladora a que presidiu António Pinto Pires. A 25 de Novembro de 2004, o Conselho de Ministros aprovou a Fundação Museu Nacional Ferroviário Armando Ginestal Machado. A Fundação teve como entidades fundadoras a Câmara Municipal do Entroncamento, CP, REFER e Governo, tendo aderido à mesma quatro empresas Efacec, Siemens, Edifer e Somague.No dia 7 de Novembro de 2006, através de um protocolo, a CP cedeu à Fundação Museu Nacional Ferroviário, a gestão de quatro dos seus dez núcleos museológicos. Santarém, Bragança, Lousado e Macinhata do Vouga. Na altura foi anunciado que a seu tempo seriam entregues os restantes.Em Junho de 2008, foi inaugurada a Rotunda das Locomotivas, um espaço museológico que resultou da reconstrução de um antigo edifício do mesmo género demolido por implosão a seguir ao 25 de Abril de 1974. Nessa altura, foi apresentado publicamente o plano director Museu Nacional Ferroviário, pelo seu autor, o arquitecto João Luís Carrilho da Graça.
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